Mapa rastreia as maiores geleiras do mundo; veja onde estão

Primeiro lugar é de um bloco de gelo do Polo Sul com mais de 42,6 km de comprimento e 7 mil km² de área. Veja a lista completa
Mapa rastreia as maiores geleiras do mundo; veja onde estão
Imagem: Peter Prokosch/Flickr/Reprodução

Um mapa criado pelo Centro Nacional de Dados da Neve e Gelo dos EUA (NSIDC, na sigla em inglês) mostrou onde estão as maiores geleiras do mundo. O mapa classifica as geleiras como massas de gelo flutuantes e duradouras. 

Segundo o levantamento, publicado na revista Scientific American, o topo da lista ficou com a geleira Seller, a oeste da Península Antártica. Com tamanho bem definido, o bloco de gelo chega a 42,6 km de comprimento e 7,4 km de largura. Ao todo, são 7.018 km². 

O segundo lugar pertence à geleira Thurston, com 28 km de comprimento e 5.261 km². Para encerrar o pódio vem a geleira da Ilha Alexsander, com 4.766 km². As três maiores geleiras do mundo estão localizadas no Pólo Sul. 

O maior complexo de geleiras também fica ao sul: é a Península Antártica, com quase 81.000 km² e quase 1,5 mil geleiras. Depois vem o complexo Malaspina-Seward, no Alasca, que cobre quase 30.000 km² e o Severny, no Ártico russo, com pouco mais de 20.000 km². 

No Pólo Norte, as maiores geleiras têm até 3.000 km². São elas: geleira Malaspina-Seward (Alasca), Wykeham (no Canadá, Sul do Ártico) e Bering (Alasca). Fora das regiões polares, o maior complexo glacial é o da Patagônia Austral, no Chile e Argentina, com quase 13.000 km². 

Veja o mapa das maiores geleiras do mundo 

 

Como se mede uma geleira 

Determinar o tamanho de uma geleira não é coisa fácil. As calotas polares, por exemplo, se movem em várias direções, o que faz com que mais as massas de gelo “se grudem” umas nas outras. 

Em altitudes mais baixas, as pedras de gelo podem convergir, o que dificulta ainda mais a identificação sobre onde uma começa e outra termina.  “As divisões podem ser difíceis de calcular”, disse o coautor do mapa, Bruce Raup, do NSIDC.

Ainda assim, o mapa identificou mais de 200 mil geleiras e complexos glaciais (massas que compartilham uma fronteira comum) ao redor do mundo. Esse levantamento é essencial, pontuou Ann Windnagel, que é a principal autora do estudo. 

“Quanto maior a precisão dos contornos das geleiras, melhor poderemos rastrear seu derretimento devido às mudanças climáticas”, explicou.  

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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