“Maré vermelha” atinge Brasil e leva centenas para o hospital; saiba mais

Fenômeno atingiu litoral norte de Alagoas; banhistas apresentaram sintomas característico da contaminação por algas marinhas
“Maré vermelha” atinge Brasil e leva centenas para o hospital; saiba mais
Imagem: Wikimedia Commons/ Reprodução

Nos últimos dois dias, mais de 200 pessoas buscaram atendimento médico com sintomas parecidos nas cidades de Barra de Santo Antônio e Paripueira, no litoral norte de Alagoas. Além das queixas – vermelhidão nos olhos, tosse, coriza, dor de garganta e obstrução nasal -, todas tinham algo em comum: o mergulho na praia de Carro Quebrado.

A suspeita é que as águas do local estejam contaminadas pela chamada “maré vermelha“, fenômeno que acontece quando há crescimento excessivo de algas.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Barra de Santo Antônio, a procura por atendimento teve início na tarde de quarta-feira (31) e continuou na quinta (1). Portanto, o número total de casos deve ser maior que o divulgado inicialmente.

Sobre a “maré vermelha”

Em geral, as “marés vermelhas” são conhecidas há bastante tempo – e já até apareceram na Bíblia. Contudo, são raras. Elas costumam acontecer quando há algum fator que engatilha o aumento da concentração de algas em um local.

Por exemplo, isso pode acontecer devido à poluição, ao aumento da temperatura, ao excesso de nutrientes, à alta salinidade ou à movimentação que os ventos causam na água. 

Concentradas, as microalgas podem alterar a coloração do mar — por isso o nome “maré vermelha”. Mas o fenômeno também pode ser mais discreto.

De acordo com o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, essas algas podem ou não liberar toxinas. Quando liberam, tendem a causar mortes de animais marinhos. Isso também produz gases tóxicos para as pessoas, seja por contato com a água ou pelo ar.

Dessa forma, banhistas que nadam nas águas da “maré vermelha” são contaminados e podem apresentar sintomas que vão além dos mencionados. Geralmente, eles podem sofrer com irritações na pele e nas mucosas, além de sentir enjoo, falta de ar e diarreia.

Assim como surge, o fenômeno também desaparece. Naturalmente, os microrganismos se diluem e a concentração de algas marinhas cai, fazendo com que a água volte ao normal.

Enquanto isso, um trecho da praia de Carro Quebrado foi interditado para que turistas e moradores não circulem pela região.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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