A Meta anunciou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá retomar suas contas no Facebook e Instagram em breve. Trump foi suspenso em janeiro de 2021, quando manifestações antidemocráticas acabaram em uma invasão ao Capitólio, sede do Congresso americano.
O incidente do Capitólio ocorreu enquanto uma cerimônia de reconhecimento da vitória de Joe Biden acontecia no Senado, e acabou com cinco pessoas mortas. Até hoje, ele é visto como um dos maiores ataques à democracia americana. Especialistas acreditam que o episódio de 2021 serviu como inspiração para os atos golpistas de 8 de janeiro ocorridos em Brasília, quando manifestantes invadiram as sedes dos três poderes do Brasil.
A Meta considerou que Trump incitou os ataques. O CEO, Mark Zuckerberg, afirmou também que havia uma preocupação de que o discurso do ex-presidente pudesse encorajar seus apoiadores a protagonizarem mais atos violentos. No dia seguinte, a empresa baniu os perfis de Trump indeterminadamente. Após análise, o Conselho de Supervisão estabeleceu uma suspensão de dois anos.
Em um post de blog, a Meta afirmou que a ameaça que Trump representava diminuiu consideravelmente após a suspensão. O texto também afirma que a Meta está adotando medidas mais duras para lidar com usuários reincidentes em violações de políticas da plataforma.
Membros do partido Republicano já pressionavam a Meta há algum tempo para devolver as contas ao ex-presidente, que anunciou a pré-candidatura para as eleições de 2024. Elon Musk já reverteu o banimento indefinido de Trump do Twitter, mas o republicano preferiu focar em sua própria rede social, o Truth Social.
A decisão aconteceu não apenas por preferência pessoal e, sim, por um contrato de exclusividade, que não impede Trump de usar outras redes sociais, mas prevê que qualquer informação deve ser postada seis horas antes no Truth Social. Diante deste cenário, priorizar redes com maior base de usuários, como Facebook e Twitter, por exemplo, pode resultar em um processo na justiça.
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