Meteorito encontrado pela NASA em Marte veio de outro lugar da galáxia
O meteorito encontrado em Marte pelo rover Curiosity, da NASA, parece ter vindo de um lugar desconhecido do universo. A rocha ganhou o apelido de “Cacau”, e tem 30 centímetros de diâmetro.
A equipe do rover disse no Twitter que o meteorito é composto essencialmente de ferro e níquel. “Não é incomum encontrar meteoritos em Marte – aliás, já fiz isso algumas vezes! Mas uma mudança de cenário é sempre bom”, tuitou.
Rock. Rock. Rock. Rock. Rock. Rock. METEORITE!
It's not uncommon to find meteorites on Mars – in fact, I've done it a few times! (see 🧵) But a change in scenery's always nice.
This one's about a foot wide and made of iron-nickel. We're calling it "Cacao." pic.twitter.com/I37HiGjN2t
— Curiosity Rover (@MarsCuriosity) February 2, 2023
O rover encontrou o vestígio espacial ainda em janeiro. Na quinta-feira (2) confirmou que se tratava, de fato, de um pedaço de outro corpo do universo.
Agora, cientistas vão analisar a composição do meteorito para descobrir a possível origem antes de cair em Marte. Isso porque os meteoritos oferecem pistas sobre como os planetas podem ter surgido e se pode haver vida em galáxias remotas.
Curiosity está no planeta vermelho desde 2012 para tentar descobrir se a superfície marciana pode ter favorecido o surgimento de vida semelhante à da Terra no passado.
Até agora, o rover explorou uma área de quase 29,5 km. No percurso, encontrou outros meteoritos, como “Egg Rock” e “Lebanon” – sendo este último com 2 metros de comprimento.
Indícios de vida em Marte
Apesar de ter sua pesquisa voltada exclusivamente para o relevo e geologia de Marte, Curiosity já mostrou que o planeta vizinho tinha um sistema de lagos e córregos. É possível que esses locais fossem habitáveis no passado, o que pode ter colaborado para o surgimento de micróbios marcianos.
Ao longo da observação, o rover também encontrou depósitos ricos em sulfato que se formaram em condições relativamente secas.
Agora, sua missão é oferecer informações que ajudem os cientistas a entender como e quando o planeta vermelho passou de um lugar quente e úmido para o deserto gelado que é hoje.