Microsoft paga US$ 15 milhões para saber onde você está usando o Foursquare
Gigantes da tecnologia como Google e Facebook querem saber onde você está: dessa forma, elas conseguem fazer recomendações mais precisas, e exibir anúncios que mais lhe interessem. A Microsoft não quer ficar fora dessa, e por isso investiu US$ 15 milhões no Foursquare.
Ela ainda fará pagamentos constantes ao Foursquare, algo semelhante ao que vimos no acordo com a Nokia. No entanto, não se trata de uma aquisição. Em seu blog oficial, a empresa explica o que significa este novo acordo:
… no futuro próximo, quando você usar dispositivos da Microsoft com os sistemas operacionais Windows e Windows Phone, ou produtos como o Bing, você terá informações oferecidas pelo Foursquare, a fim de proporcionar experiências adequadas a seu contexto, e as melhores recomendações de qualquer serviço no mundo.
Dessa forma, o acordo permite usar sua localização para recomendar lojas, restaurantes, bares e outros. Além disso, você terá resultados personalizados de buscas no Bing, e anúncios mais relevantes – e que rendem mais dinheiro ao Foursquare e à Microsoft.
E tem mais. No ano passado, o Foursquare ficou mais esperto, acompanhando seu local de forma constante, a fim de oferecer recomendações em tempo real. Por exemplo, você está próximo a um restaurante bacana? O app avisa. Inicialmente, só a Microsoft terá acesso a esses dados em tempo real; ainda não existe uma API pública.
Os anúncios estão migrando para smartphones e se tornando mais locais. O Google já exibe anúncios assim no Android, e reforçou isto com a compra do Waze. A Apple também oferece esse tipo de anúncio em iPhones e iPads. E o Facebook se esforça em entrar nesse jogo.
Sim, o Foursquare tem apenas 40 milhões de usuários, mas eles estão interessados em compartilhar e recomendar locais – esta pode ser uma vantagem do serviço. Ele já tem acordos com o Vine, do Twitter; o Flickr, do Yahoo; e o Pinterest. Outros serviços apenas usam a API gratuita – como o Instagram, do Facebook.
Esta provavelmente não é a primeira decisão feita por Satya Nadella, novo CEO da Microsoft; as negociações acontecem há meses. Mas é uma direção interessante para a empresa, e um investimento que pode salvar o Foursquare da irrelevância. [Foursquare via Wired e Fast Company]