Microsoft começa a dar tchau ao Internet Explorer
Após reinar por quase 20 anos (entre o fim da década de 1990 e o início da década de 2010), a Microsoft informou no início desta semana que vai encerrar aos poucos o suporte do navegador Internet Explorer — mais especificamente, a última versão dele, a 11.
No anúncio, a companhia deu detalhes para o fim do navegador. Num primeiro momento, ele vai parar de funcionar para o Microsoft Teams em 30 de novembro de 2020. Em seguida, o Microsoft Edge Legacy (ou Versão Herdada do Edge, nome dado à versão do navegador que existia antes de o Edge baseado em Chromium ser lançado) vai parar de funcionar em 9 de março de 2021. Por fim, todos os apps do Microsoft 365 deixarão de oferecer suporte ao Internet Explorer em 17 de agosto de 2021.
Após essas datas, “os clientes terão uma experiência piorada ou não conseguirão se conectar aos apps e serviços do Microsoft 365 no IE 11”, informou a Microsoft em um post no blog da empresa.
A empresa deixou claro que o Internet Explorer não iria desaparecer totalmente, já que “os aplicativos e investimentos legados dos próprios clientes que rodavam no IE 11 continuarão a funcionar”. Além disso, o navegador Edge tem um modo Internet Explorer.
Essencialmente, o Edge tem a capacidade de rodar dois mecanismos diferentes, Chromium e Trident, o que pode ser benéfico para qualquer pessoa que ainda usa o Internet Explorer — espantosos 2,76% globalmente, de acordo com o Stat Counter.
O Trident foi descontinuado desde que a Microsoft passou a usar seu código fonte para criar o EdgeHTML, que está por baixo do capô no Edge Legacy, mas o Internet Explorer 11 ainda usa o Trident e o Edge usa o Chromium.
Sim, tudo isso parece desnecessariamente confuso. Por isso, é bom que a Microsoft esteja começando a simplificar e consolidar seus navegadores em torno do Edge.
Todos os seus navegadores ainda suportam padrões da web modernos como HTML 5, mas como Joe Belfiore, vice-presidente corporativo do Windows, disse quando a companhia anunciou que estava fazendo um navegador baseado em Chromium, o Edge “criaria melhor compatibilidade web”.
Hoje, o Edge se parece muito com o Google Chrome, já que ambos usam o mesmo mecanismo. Ele também oferece suporte a extensões do concorrente e vem instalado automaticamente com o Windows 10.
No geral, esta mudança é um esforço maior da Microsoft para integrar seu navegador Edge baseado em Chromium aos aplicativos do Microsoft 365. Acho que não vai fazer muita falta, e faz muito mais sentido simplificar os navegadores em torno de uma única estrutura.