Microsoft tenta controlar crise de personalidade do Bing Chat IA
Novo modelo do chat por IA do navegador Bing pede qual "personalidade" o usuário prefere antes de iniciar conversa: criativo, equilibrado ou preciso. Veja com usar
Os relatos de comportamentos estranhos do Chat por IA (inteligência artificial) do navegador Bing fizeram com que a Microsoft criasse três personalidades distintas para o bot. Desde 1º de março, os usuários podem escolher entre uma IA criativa, equilibrada ou precisa.
O anúncio veio através de Mike Davidson, um dos funcionários na equipe do novo Bing, no Twitter. “Vocês devem ter uma gama mais ampla de conversas com o Bing agora”, escreveu. “E, sim, estamos trabalhando para aumentar os limites também”.
A opção de alternar entre um modo e outro aparece logo no início da conversa com o bot e produz resultados diferentes de pesquisa. O chat criativo, por exemplo, oferece sugestões mais curtas, bem-humoradas e até pouco seguras ou práticas.
No modo preciso, por outro lado, há um excesso de cautela: o bot não sugere nada que não tenha uma maneira 100% segura de obter um resultado. Se o usuário preferir um meio termo, basta escolher o modo equilibrado, que traz respostas mais longas e detalhadas.
Mikhail Parakhin, também da equipe de desenvolvimento do novo Bing, escreveu no Twitter que alternar entre os modos muda aspectos fundamentais do comportamento do bot, como os diferentes modelos de IA usados no treinamento da plataforma.
Multiple changes, including differently fine-tuned and RLHFed models, different prompts, etc.
O novo comando do Bing Chat IA é uma resposta aos relatos de agressividade, ameaças e até declarações de amor feitas pelo robô durante conversas com humanos.
A Microsoft, que lançou a ferramenta em fevereiro após uma grande parceria com a OpenAI, não demorou a dizer que consertou a falha no bot. Segundo a big tech, o sistema “se confunde” quando as conversas se prolongam por mais de duas horas. Como solução, limitou a duração dos chats com humanos.
Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps
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