Milhões de anos atrás, animais azarados pousaram na resina pegajosa de árvores. Eles ficaram presos e preservados até que os seres humanos os encontrassem. Os fósseis do futuro, no entanto, provavelmente serão muito mais estranhos do que insetos na seiva da árvore.
• Essa bugiganga impressa em 3D transforma chaveiros laser em shows de luz
• Novo método de impressão 3D acaba com as limitações da gravidade e encurta o processo
Um engenheiro fez a impressão 3D dessa estrutura em formato de favo de mel e descobriu uma mosca presa dentro da impressão, como um inseto no âmbar. Esqueça Jurassic Park, um dia esse novo fóssil pode ser o começo de algum tipo de Parque Quaternário.
The amber fossil of the anthropocene – fly trapped in a 3D print pic.twitter.com/0mVuRZxFEl
— Richard Johnston (@DrRichJohnston) 6 de julho de 2017
“[A mosca] Ficou presa durante a impressão”, disse o professor sênior de engenharia Eifion Jewell, da Universidade de Swansea, no País de Gales, em um email enviado ao Gizmodo. “Não sei o que a atraiu ou por que ela decidiu ficar parada quando ficou, mas isso levou à sua destruição.”
Imagem: Richard Johnston
Claro, nunca saberemos se os pesquisadores fizeram qualquer coisa para atrair as moscas, mas isso não importará no futuro. Os polímeros e as resinas são, na sua maioria, não biodegradáveis, portanto, se esse pedaço de material impresso em 3D acabar em um aterro sanitário, alguém no futuro realmente poderia colocá-lo em algum tipo de museu de pós-singularidade.
As pessoas já começaram a chamar a era moderna de “Antropoceno”, o tempo em que os seres humanos começaram a atuar como uma força geológica da natureza. Como já escrevemos no passado, as pessoas impactaram a Terra ao introduzir espécies invasoras e ao mudar o clima. Peças de plástico como essa realmente poderiam acabar virando ainda mais fósseis da nossa estranha e nova era.
Quanto à mosca, escreveu Jewell, “há uma moral em algum lugar dessa história sobre dormir no trabalho”.
Imagem do topo: Richard Johnston