Na Dinamarca: policiais são pagos para jogar “Counter-Strike” no trabalho
Considerado um dos três países mais seguros do mundo, a Dinamarca possui uma divisão especial da polícia focada em jogar games populares como “Counter-Strike”, “Fortnite” e até “Minecraft”. Mas se engana quem pensa que os agentes estão nos jogos online para se divertir.
O esquadrão começou suas atividades em 2022, com a missão de monitorar espaços digitais, coibir a prática de crimes cibernéticos, a ação de predadores sexuais e outros comportamentos inadequados. Tudo isso para promover um ambiente online mais seguro para crianças e adolescentes.
É por este motivo que a Patrulha Policial Online (Politiets Online Patrulje), formada por dez agentes, precisa se “infiltrar” em alguns jogos online populares.
Além disso, os policiais trabalham investigando propagadores de discurso de ódio ou golpistas na internet, marcando presença em plataformas como Steam, Twitch, Discord e até mesmo o aplicativos de vídeos curtos TikTok.
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Para além de jogar títulos populares, o grupo também acessa chats de bate-papo. Nesses ambientes, os agentes se identificam como integrantes da polícia e compartilham instruções para quem quer denunciar algum crime que aconteceu em alguma plataforma online. Até junho do ano passado, o grupo de patrulheiros digitais recebeu mais de 5 mil denúncias.
Holanda tem equipes de policiais em jogos online desde 2020
No entanto, a iniciativa não foi a primeira no continente europeu. A Holanda já mobiliza policiais para trabalhar no universo online desde 2020. Ao todo, são 21 equipes de agentes que jogam títulos populares entre os mais jovens, que costumam ficar mais vulneráveis à ação de pessoas mal-intencionadas.
Do mesmo modo, a ideia é bastante parecida com a da polícia dinamarquesa: garantir a presença de agentes da lei em plataformas online para promover um ambiente mais seguro.
Nos últimos anos, vieram a público casos de extremistas do grupo terrorista Estado Islâmico e neonazistas aliciando menores game “Roblox”, muito popular entre crianças e adolescentes. No Brasil, há o exemplo recente de jovens adultos que usavam o Discord, plataforma amplamente utilizada por gamers, para aliciar e expor menores de idade.