A partir do próximo dia 1º de abril, o AirBnB vai colocar em prática uma nova estratégia para alavancar sua arrecadação financeira. Cobrará uma taxa adicional de 2% para hóspedes que fizerem a chamada transação em moeda cruzada. Ou seja, que pagam em moeda diferente da vigente na região onde o imóvel está registrado.
De acordo com informações da Bloomberg Línea, a plataforma espera arrecadar até US$ 500 milhões. O que dá aproximadamente R$ 2,47 bilhões em conversão direta, em 2025. O dos impactos diretos da estratégia, além do aumento na arrecadação anual da companhia, será na taxa de serviço paga pelos usuários no momento do fechamento da reserva.
Quando estiver em vigor, o valor total da taxa poderá chegar a até 16,5% do subtotal. Sam Sandal, porta-voz do AirBnB, garantiu à Bloomberg que a mudança que passará a valer ainda neste ano não terá impacto na grande maioria dos usuários da plataforma.
“A atualização da taxa de serviço é um exemplo de como viabilizamos a capacidade de alinhar nossa plataforma com as práticas do setor e não existe previsão de que impacte na maioria de nossos hóspedes, já que as transações em moedas cruzadas representam uma porcentagem menor das reservas”, afirmou Sandal.
Desaceleração no AirBnB
Atualmente, assim como outras empresas do segmento, o AirBnB vem registrando uma desaceleração no crescimento após a alta do período pós-pandemia. Nesse período, houve a flexibilização das medidas sanitárias. Assim, levaram a um aumento significativo na procura por passagens aéreas e também por hospedagem em todo o planeta — principalmente em regiões turísticas.
Ainda segundo a Bloomberg, uma das principais metas da empresa é continuar sua expansão para países de regiões como América Latina e a região Ásia-Pacífico, onde ainda não tem uma participação tão expressiva. A entrada nestes mercados pode significar uma aumento substancial na arrecadação financeira para o próximo ano fiscal.