NASA aconselhou startup a destruir sonda que falhou na ida para Lua

Após Astrobotic Technology fracassar na sua tentativa de levar uma sonda para a Lua, a NASA aconselhou a empresa a destruir a nave. Segundo John Thornton, CEO da Astrobotic, a recomendação da NASA era enviar a sonda de volta à Terra. Assim, ela poderia ser descartada com segurança, pois queimaria durante a reentrada.

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A NASA fez um aporte de US$ 118 milhões (R$ 577 milhões) para que a Peregrine fizesse a missão. A empresa pretendia ser a primeira do setor privado a aterrissar com sucesso na Lua. É uma façanha que apenas agências espaciais de quatro países conseguiram, entre eles, EUA, China, Rússia e Índia.

No dia 18 de janeiro, a Astrobotic informou que seguiu o conselho da NASA e o Peregrine queimou na atmosfera da Terra. Apesar disso, Thornton se mostrou otimista e considerou a missão um sucesso.

“Nossa equipe superou continuamente as expectativas e demonstrou incrível engenhosidade durante análises de voo, testes de espaçonaves e grandes integrações de hardware”, disse, ao portal Technical.

Entenda porque a sonda fracassou na ida à Lua

O módulo de pouso de 1,2 tonelada foi lançado do Cabo Canaveral, nos EUA, no começo de janeiro. A decolagem vinha sendo acompanhado com muita expectativa, já que o objetivo era estudar o ambiente da superfície lunar antes da NASA enviar astronautas para lá até o final desta década

O Peregrine teve problemas assim que se separou do topo do foguete da empresa ULA (United Launch Alliance). Os engenheiros notaram que o módulo de pouso estava lutando para manter seus painéis solares voltados na direção do Sol para carregar sua bateria. A anomalia acabou gerando um grande vazamento no sistema de propulsão. Assim, sua missão de ir para a Lua foi por água abaixo.

A ideia inicial da empresa norte-americana era pousar no satélite terrestre no próximo dia 23 de fevereiro. Caso tivesse tido sucesso, ela se tornaria na primeira missão privada da história a fazer uma alunissagem controlada.