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NASA e pesquisa do Alzheimer: quanto os EUA gastam com ciência

Congresso dos EUA aprovou pequenos aumentos nos investimentos em ciência e tecnologia para 2023; só a NASA receberá US$ 25,4 bilhões. Saiba mais detalhes

NASA e pesquisa do Alzheimer: quanto os EUA gastam com ciência

Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

Os EUA acabam de aprovar um novo pacote de gastos de US$ 1,7 trilhão (sim, trilhão) e, com ele, alteram os investimentos em ciência, pesquisa espacial e saúde. De modo geral, o setor público científico norte-americano ganhou pequenos impulsos após meses de negociações no Congresso. Confira a seguir.

Os NIH (Institutos Nacionais de Saúde, na sigla em inglês), por exemplo, verá o orçamento crescer 5,6% em 2023, chegando em US$ 47,5 bilhões. Ainda é maior que o estimado anteriormente: em valor real, o aumento será de US$ 2,5 bilhões, enquanto o solicitado pelo governo de Joe Biden era de apenas US$ 274 milhões. 

Os congressistas dos EUA concordaram que o Instituto Nacional do Câncer deve receber US$ 150 milhões a mais para reforçar a pesquisa em ciência e o atendimento de pessoas que enfrentam tumores. 

Já a pesquisa sobre o Alzheimer deve receber mais US$ 226 milhões em 2023. Ao todo, o orçamento ficará em US$ 3,7 bilhões para as tentativas de encontrar uma forma de barrar o avanço da doença. Os estudos de outras enfermidades, como HIV/Aids e vício em opióides, também ganharam aumentos, mas menos significativos. 

O pacote orçamentário inclui ainda US$ 18 milhões para a Rede de Doenças Sem Diagnóstico, que estuda doenças raras e misteriosas. Foi uma surpresa, porque o NIH planejava reduzir o apoio às atividades do programa para menos de US$ 5 milhões em 2023. 

Gasto obrigatório

A NSF (Fundação Nacional da Ciência, na sigla em inglês), por sua vez, deve acrescentar US$ 1 bilhão em seu orçamento. Isso porque os parlamentares classificaram o gasto como obrigatório e, por isso, sem a necessidade de ser compensado por cortes em outras pastas. 

O Congresso usa essa abordagem para pagar por necessidades inesperadas, como guerras e ajuda a desastres naturais. Mas é a primeira vez que um montante expressivo foi aplicado desta forma para financiar pesquisas científicas fundamentais.

Com o mecanismo, o Congresso cumpre parte do projeto aprovado em agosto que, além de fortalecer a indústria de chips semicondutores nos EUA, prevê um orçamento de US$ 18 bilhões para a NSF nos próximos cinco anos – o dobro do que é hoje. 

Quanto a NASA vai ganhar 

Ao todo, a NASA terá um orçamento de US$ 25,4 bilhões em 2023 – um aumento de 6% em relação aos níveis atuais. Só o departamento científico ficará com US$ 7,8 bilhões, ou quase 2% a mais do que recebe hoje. 

Os parlamentares não ficaram muito felizes. Mas alegam que é “tudo o que puderam fazer” depois da lei que incentiva a fabricação de chips no país. 

O setor da NASA com mais investimentos é o de ciência planetária: vai contar com US$ 3,2 bilhões no próximo ano, um aumento de 3% em relação aos níveis atuais e recorde histórico para o programa. 

Deste valor, US$ 90 milhões vão para o desenvolvimento do telescópio espacial infravermelho Near-Earth Object Surveyor, que deve ser capaz de localizar asteroides de até 30 metros de diâmetro. O lançamento está previsto para 2028. 

Outros US$ 823 milhões devem ir para o Mars Sample Return, conjunto de missões para trazer rochas de Marte à Terra. Já a divisão de astrofísica, que mantém o telescópio espacial James Webb, perdeu 4% no orçamento: vai contar com US$ 1,51 bilhão em 2023. 

Enquanto isso, os legisladores enviaram US$ 482 milhões para manter o telescópio Nancy Grace Roman, que deve ser lançado em 2027. Trata-se de um telescópio óptico de campo amplo que estudará a expansão do universo e procurará pistas sobre a misteriosa matéria escura. 

Mais investimentos

Veja quanto outras agências dos EUA voltadas à ciência receberão em 2023: 

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