NASA pretende lançar um rebocador para derrubar a ISS
A NASA pretende aposentar a ISS (Estação Espacial Internacional) até o final desta década, dando espaço a laboratórios comerciais. Após o final das operações, a agência espacial lançará o módulo próximo ao Ponto Nemo, no Oceano Pacífico.
Um tipo de rebocador deve ajudar a ISS a entrar em segurança na atmosfera da Terra. Essa nave auxiliar entrou na solicitação de orçamento federal da NASA para 2024.
A agência pretende usar no próximo ano US$ 27,2 bilhões, sendo separados US$ 180 milhões para o início do desenvolvimento deste novo veículo espacial.
O plano inicial da NASA envolve a reentrada da ISS na atmosfera com auxílio de propulsores das naves russas Progress. No entanto, a agência considera importante ter um plano B, como o rebocador, que poderá complementar nas missões de retorno já estabelecidas.
“Também estamos desenvolvendo esta capacidade dos Estados Unidos para auxiliar o veículo alvo e o retorno seguro dele, especialmente enquanto adicionamos novos módulos”, explicou Kathy Lueders, diretora de voos espaciais tripulados na NASA.
“E, como vocês viram no ano passado e neste, ter estas redundâncias tem sido muito, muito importante para nós e nossos parceiros”, acrescentou a cientista.
Relações com a Rússia afetadas
Lueders parece se referir a dois vazamentos ocorridos em veículos espaciais russos em 2022 e no início desse ano. A nave Soyuz, por exemplo, perdeu todo seu composto refrigerante em dezembro, enquanto algo semelhante ocorreu com o cargueiro Progress em fevereiro deste ano.
O pedido da Rússia em deixar a parceria com a ISS mais cedo para se dedicar ao seu próprio laboratório orbital e a recente invasão da Ucrânia pelo país também podem acabar interferindo nos planos iniciais.
De toda forma, o orçamento da NASA não engloba apenas o desligamento da ISS. Parte do dinheiro deve ir, por exemplo, para apoiar o programa ExoMars, da ESA (Agência Espacial Europeia).
O rover Rosalind Franklin, como é chamado, deveria ter sido lançado no ano passado por um foguete russo, mas o início da guerra fez com que a agência cortasse relações com o país de Putin. Agora, a NASA deve colaborar com propulsores, unidades de aquecimento radioativo e serviços de lançamento para a missão.