Ciência

NASA procura forma mais rápida e barata de trazer amostras de Marte

Nas estimativas atuais, retornar as amostras de Marte custariam R$ 57 bilhões. NASA quer que esse valor diminua para menos de R$ 36 bilhões
Imagem: NASA/Divulgação

A NASA está estudando uma forma mais barata e rápida de trazer as amostras do solo de Marte coletadas pelo rover Perseverance. De acordo com Bill Nelson, atual administrador da agência espacial, os engenheiros da missão estão em busca de designs inovadores para trazer essas amostras marcianas para a Terra.

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Nas estimativas atuais, a missão de retorno de amostras custaria US$ 11 bilhões (cerca de R$ 57 bilhões). Além disso, elas só chegariam na Terra em 2040. Porém, Nelson quer que esse valor diminua para menos de US$ 7 bilhões (R$ 36 bilhões) e que as amostras cheguem 10 anos antes, em 2030.

O projeto original foi descartado pela agência espacial dos EUA justamente por ser complexo demais, além de ser caro, envolver grandes riscos e ainda ter um cronograma irrealista. Veja no vídeo de como seria:

Além disso, a NASA corre contra o tempo, uma vez que a China pode acabar sendo a primeira a nação a trazer amostras de Marte para a Terra. De acordo com as estimativas, os chineses planejam conquistar tal feito em julho de 2031.

“Não é uma tarefa fácil. Precisamos olhar para fora da caixa para encontrar um caminho a seguir que seja acessível e que devolva amostras em um prazo razoável”, afirmou Bill em um comunicado.

Para atingir o ambicioso objetivo de devolver as amostras mais cedo e a um custo menor, a agência afirmou que está pedindo à comunidade de apoio da NASA que “trabalhe em conjunto para desenvolver um plano revisto que aproveite a inovação e a tecnologia comprovada”.

As amostras ajudarão a NASA a decidir para onde irão os astronautas em Marte em 2040.

Missão da NASA coleta amostras de Marte

O rover Perseverance, da NASA, já recolheu 24 amostras da cratera Jezero desde o pouso em 2021. Desde 18 de fevereiro de 2021, o equipamento viajou mais de 24,8 quilômetros. Inclusive, ele já ultrapassou a marca de mil sóis (dias marcianos), coletou 23 amostras e captou sons da superfície. Além disso, fez mais de 116 mil fotos de Marte.

O rover busca por evidências de vida microbiana no passado do planeta. Como parte dessa exploração, o veículo recolhe amostras de rocha e solo a fim de que uma missão futura tragam elas para a Terra.

Somente em 2023, o Perseverance encontrou moléculas orgânicas em Marte e sobreviveu a danos causados por uma tempestade de areia. Ele até mesmo gravou um redemoinho varrendo a superfície do planeta vermelho.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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