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Nauru 1000C: drone brasileiro terá versão armada

Modelo tem autonomia de voo de 10 horas, podendo atingir alvos em movimento e ligeiramente blindados. Confira o vídeo

Nauru 1000C: drone brasileiro terá versão armada

Imagem: XMobots/Reprodução

A empresa brasileira XMobots anunciou uma parceria com a europeia MBDA para lançar uma versão armada do drone nacional Nauru 1000C CAT 2. A aeronave foi selecionada pelo Exército brasileiro para ser utilizada em missões estratégicas e de inteligência.

O drone brasileiro de 150 kg será integrado ao míssil europeu ENFORCER, um sistema de arma leve e guiada de nova geração. Segundo a XMobots, o míssil pode atingir alvos leves e ligeiramente blindados, incluindo veículos em movimento ou protegidos.

Além do lançamento da prova de conceito, o memorando de entendimento prevê a cooperação industrial entre as empresas. “Essa parceria com a MBDA consolida nossa capacidade tecnológica, colocando o Brasil em um grupo diferenciado de países que desenvolvem e produzem drones armados”, diz Giovani Amianti, CEO da XMobots.

Drone brasileiro

A empresa sediada em São Carlos, no interior de São Paulo, explica que esta é a primeira vez que o ENFORCER é integrado a um drone fabricado no país. A aeronave é certificada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), tem autonomia de 10 horas de operação e pode voar acima de 400 pés (ou cerca 122 metros), além de ter um alcance máximo de 60 km.

O drone é fabricado em alumínio, tem 7,7 metros de envergadura e 2,9 metros de comprimento. Ele pode carregar até 18 kg de cargas, podendo assim transportar os mísseis europeus, que pesam 7kg cada. Um vídeo de demonstração do veículo aéreo não tripulado foi divulgado pela XMobots:

Atualmente, a empresa europeia já fornece mísseis Mistral de curto alcance para o Exército brasileiro. “Por meio da cooperação industrial, a MBDA continuará fortalecendo nossos laços com organizações brasileiras para criar tecnologias de primeira classe para as Forças Armadas Brasileiras, após projetos anteriores de transferência de tecnologia bem-sucedidos no Brasil”, disse Patrick de La Revelière, vice-presidente da MBDA na América Latina.

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