“Nebulosa da Alma” em imagem avermelhada é captada pelo Hubble

Localizada a 7 mil anos-luz da Terra, a Nebulosa da Alma está em uma região no universo que é um berçário de estrelas
Nebulosa da Alma em imagem avermelhada é captada pelo Hubble
Imagem: ESA/Hubble & NASA, R. Sahai/Reprodução

Uma nova imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble acaba de ser divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA). Dessa vez, o telescópio apontou para uma região conhecida como Westerhout 5, ou Nebulosa da Alma, que fica a 7 mil anos-luz da Terra. 

A nebulosa pode ser encontrada na constelação de Cassiopeia, no hemisfério celestial norte. Ela chama a atenção devido a sua cor vermelha e seus vários pontos brilhantes, que nada mais são do que estrelas. 

Quando elétrons muito energéticos presentes dentro de átomos de hidrogênio perdem a energia, ocorre a emissão de partículas H-alfa. Elas são responsáveis pela coloração avermelhada notada na grande nuvem. 

No canto superior esquerdo da imagem, é possível ver um glóbulo gasoso de evaporação flutuante livre (frEGG). Essa mancha em formato de girino é oficialmente conhecida como [KAG2008] glóbulo 13. 

Os frEGGs são uma categoria de glóbulos gasosos em evaporação (EGGs). Eles surgem quando a radiação energética de estrelas jovens e quentes ioniza o gás ao redor e arranca seus elétrons. 

Como consequência, o gás se dispersa para longe das estrelas brilhantes em um processo chamado fotoevaporação, que forma as manchas escuras. 

O processo de fotoevaporação é mais lento nos EGGs devido a densidade do gás em comparação com as regiões que o circundam. Dessa forma, o gás sofre menos dispersão, mantendo-se denso o suficiente para colapsar e formar embriões de estrelas. 

Isso explica o interesse de astrônomos nos EGGs e frEGGS: ao olhar para eles, os cientistas estão vendo a parte da nebulosa onde nascem os astros.

Apesar de não aparecer na foto, a Nebulosa da Alma possui uma parceira. Estamos falando da Nebulosa do Coração, que se une a “irmã” por uma ponte de gás. Juntas, elas formam um complexo repleto de estrelas bebês que se estende por 300 anos-luz.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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