Netflix reduz preços em mais de 30 países, mas deixa Brasil de fora
Em meio à polêmica do impedimento do compartilhamento de senhas, a Netflix está reduzindo os preços das assinaturas em outros países. A medida, aplicada em mais de 30 países até agora, não se estende ao Brasil.
“Estamos sempre explorando maneiras de melhorar a experiência de nossos assinantes”, disse um porta-voz da Netflix em um comunicado. “Podemos confirmar que estamos atualizando os preços de nossos planos em determinados países.” (via The Wrap).
Países do Oriente Médio, América Latina, África subsaariana, Europa Oriental e partes da Ásia já tiveram os preços reduzidos, segundo o Wall Street Journal. A mudança varia de acordo com o país, com cortes de até 50% no custo do plano básico e 43% no premium.
Segundo o analista da Ampere Toby Holleran, o número de países com reduções pode chegar a 100, afetando 5% dos mais de 230 milhões de assinantes da Netflix. Ele também acredita que os descontos possam compensar a proibição do compartilhamento de senhas. “Essas quedas de preço potencialmente anulam o custo extra para os assinantes que atualmente compartilham contas”, escreveu.
A justificativa
Para Holleran, um dos motivos da redução dos preços é a inflação. “Alguns países enfrentaram um aumento significativo do custo de vida de acordo com as moedas locais, o que faz a assinatura ser menos interessante e levar a cancelamentos”, disse ao The Hollywood Reporter.
A decisão visa “reacelerar o crescimento da receita” da empresa. O CEO Greg Peters declarou que a Netflix irá “analisar as métricas que nossos membros estão nos fornecendo e nos informando e procurar oportunidades”. “E então vamos voltar e pedir oportunisticamente que eles paguem um pouco mais, para manter esse ciclo virtuoso e realmente investir isso de volta em conteúdo e histórias incríveis”, concluiu.
No entanto, os preços permanecerão os mesmos nos considerados pela Netflix como principais mercados: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Espanha, Alemanha, México e o Brasil.