Tecnologia

No Brasil, criador do Orkut detalha planos de voltar com a rede social

Fundador turco quer usar experiência do Orkut e seu substituto Hello (além de IA) para criar uma plataforma mais positiva

O engenheiro turco Orkut Buyukkokten, fundador da rede social Orkut — famosa no Brasil nos anos 2000 –, veio ao Brasil para participar do evento “Rio Innovation Week”, nesta quarta-feira (14). Em entrevista ao g1, ele revelou que pretende trazer de volta a plataforma – e que deve contratar executivos de São Paulo (SP).

O novo Orkut

O site do Orkut deixou de funcionar em 2014, mas foi reativado em 2022, exibindo uma mensagem que promete a construção de “algo novo”. Sem informar uma data para o retorno, Buyukkokten disse que os planos estão sendo estudados para um resultado “breve”.

“Acho que todos nós queremos algo como o Orkut de volta”, disse ele. “[…] Acho que nunca houve um momento melhor para trazer essa experiência autêntica de volta ao mundo porque as redes sociais se transformaram em mídia social. Em vez de conectar pessoas, criar comunidades, é sobre profissionais de marketing, corporações e influenciadores“.

De acordo com o engenheiro, ele está trabalhando para lançar uma nova rede social utilizando sua experiência com o Orkut e seu substituto, o Hello (que durou de 2016 a 2022), a fim de trazer de volta “toda a positividade” das plataformas.

Buyukkokten defendeu que o segredo para recuperar a autenticidade nas redes é o uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina. “Podemos trazer essa autenticidade e conexão de volta à sociedade por meio das mídias sociais se otimizarmos os algoritmos”, afirmou.

Dono do Orkut critica redes da Meta

O engenheiro também criticou a venda de dados de usuários, dizendo que as mídias sociais como o Facebook e o Instagram são “tóxicas”.

“Elas priorizam o lucro sobre a segurança e elas realmente lucram com a negatividade e a raiva, porque as emoções negativas mantêm as pessoas afastadas por mais tempo. O que significa que elas passam mais tempo olhando anúncios e essas empresas conseguem lucrar mais exibindo anúncios e também coletando e vendendo dados”, apontou.

Além disso, ele ainda afirmou que o conteúdo das plataformas atuais “não agregam valor”. “Você tem adolescentes, geralmente passando de três a sete horas no TikTok. E o que eles realizam no final? Eles não realizam nada. Eles não estão fazendo novos amigos, não estão criando novas conexões, mas estão deprimidos e solitários”, concluiu.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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