Nokia atinge vendas recordes do Lumia e reduz prejuízo

A Nokia é uma empresa grande: ela constrói redes de telefonia através da NSN; fornece serviços de mapas com o HERE; e de vez em quando também vende celulares. Mas isso não durará muito: a divisão de Dispositivos e Serviços foi vendida para a Microsoft. Pelos resultados financeiros divulgados hoje, parece que esta foi uma […]

A Nokia é uma empresa grande: ela constrói redes de telefonia através da NSN; fornece serviços de mapas com o HERE; e de vez em quando também vende celulares. Mas isso não durará muito: a divisão de Dispositivos e Serviços foi vendida para a Microsoft. Pelos resultados financeiros divulgados hoje, parece que esta foi uma sábia decisão.

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A Nokia teve prejuízo líquido de US$ 126 milhões no trimestre, quase a metade do previsto por analistas. Então, desta vez, ela surpreendeu o mercado – as ações sobem mais de 8%.

E se a Nokia não tivesse que vender celulares, o resultado teria sido ainda melhor. A divisão de Dispositivos e Serviços foi a única a ter prejuízo operacional: ela sangrou US$ 119 milhões.

O problema aqui não esteve nos smartphones. Pelo contrário: o Lumia bateu mais um recorde de vendas – 8,8 milhões de unidades – e a receita aumentou 28% em relação ao ano passado. E isso ainda não inclui os recém-lançados Lumia 1520 e 1320. (A Nokia continua fora do top 5 entre fabricantes de smartphones, no entanto.)

A área com problemas é a de celulares simples. Não só o volume de aparelhos vendidos despencou em 27%, como o preço médio caiu 13% em um ano. Quer dizer, não só a Nokia vendeu menos, como ganhou menos dinheiro por cada celular.

Por quê? A Nokia lista os motivos: “concorrência intensa na parte low-end do nosso portfólio de produtos, e concorrência intensa de smartphones com preços cada vez mais baixos”. A própria empresa vende um modelo, o Lumia 520, que disputa forte contra dumbphones.

O que fará a Microsoft, nova proprietária dessa divisão? Certamente ela vai apostar pesado no Lumia, já que ele move a plataforma Windows Phone; e ainda poderá integrar nele o HERE Maps, por licenciá-lo da Nokia até 2017. No entanto, os futuros smartphones não terão a marca Nokia: ela será usada exclusivamente em dumbphones.

Por enquanto, a aquisição de US$ 7,2 bilhões não foi aprovada pelos órgãos regulatórios, por isso a divisão de Dispositivos e Serviços ainda pertence à Nokia. No futuro, ela será integrada à estrutura atual da Microsoft.

Quanto às outras divisões, elas não estão mal. A NSN teve lucro operacional levemente menor, e o HERE teve pequeno lucro, em vez do pequeno prejuízo que vimos há um ano. Esta será a nova Nokia, apostando na expansão do 4G, na concorrência com o Google Maps e no seu extenso portfólio de patentes. É uma empresa mais sólida do que a companhia que perdeu a corrida dos smartphones. [Nokia via The Verge e Bloomberg]

Foto por AP Photo/Nokia Corp.

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