Este ainda não é aquele celular esquisitão da Nokia com cinco câmeras traseiras, mas ainda é um smartphone bem importante. O novo Nokia 7.1 é um aparelho bem construído, com especificações sólidas e um preço bem razoável.
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O aparelho tem preço sugerido de US$ 350 (R$ 1.374, na cotação atual) e parece continuar o recente sucesso da HMD, jovem empresa finlandesa que comprou o direito de utilizar o nome Nokia no final de 2016. Em apenas dois anos, a companhia entrou para o top 10 de vendedoras, com mais de 4,5 milhões de celular vendidos no segundo trimestre de 2018.
Para o 7.1, o plano da HDM/Nokia não poderia ser mais direto. Uma vez que o 7.1 faz parte do programa Android One, você tem um sistema sem adornos, sem aplicativos de terceiros pré-instalados e com atualizações de segurança e de software regulares gerenciadas pelo Google. Ou seja, o aparelho sairá da caixa no dia 28 de outubro com o Android 8.1 Oreo, mas deverá ser atualizado para o Android 9 Pie antes do final de novembro.
Sobre as especificações, temos um chipset intermediário Qualcomm Snapdragon 636, 4GB de RAM, 64GB de armazenamento, bateria de 3.060 mAh e slot para cartão microSD. Ao contrário de alguns celulares caros disponíveis no mercado, o 7.1 conta ainda com USB-C e plug para fones de ouvido.
Ele tem algumas inspirações “premium”. A tela LCD de 5,8 polegadas com resolução FullHD+ inclui suporte à tecnologia HDR 10, junto com a habilidade de converter conteúdos comuns para uma versão ligeiramente mais vívida, simulando um efeito HDR.
A HMD também melhorou a funcionalidade “bothie”, que permite tirar fotos usando a câmera frontal de 8MP e as câmeras traseiras de 12MP/5MP ao mesmo tempo. Agora, em vez de precisar enquadrar as duas fotos ao mesmo tempo, é possível tirar uma imagem de cada vez e dois combiná-las no final.
Mas esse é só um truque engraçadinho, porque provavelmente a melhor coisa no 7.1 é a sua construção. Ele tem bordas de alumínio e vidro reforçado na parte frontal e traseira (o vidro da frente é o Gorilla Glass 3), o que dá uma sensação de solidez que muitos aparelhos intermediários não têm.
A HMD também adicionou um belo detalhe nas laterais: uma fina tira de metal. Ela dá um constraste bacana entre as duas opções de cores do 7.1.
O 7.1 pode não ser tão animador quanto um smartphone cheio de câmeras extras, mas ele pode ser exatamente o tipo de dispositivo que precisamos numa época em que os topos de linha estão batendo a marca de US$ 1.000.
Se o Nokia 7.1 realmente oferecer o mesmo tipo de desempenho que demonstrou ter durante meu breve período de testes, ele se tornará um forte candidato a um dos melhores smartphones intermediários.
A Nokia, no entanto, ainda não vende os seus smartphones oficialmente no Brasil.
Foto: Sam Rutherford (Gizmodo)