Novo logo da MGM tem versão em computação gráfica de seu famoso leão
Por mais de 100 anos, o leão Leo, mascote da Metro-Goldwyn-Mayer, fazia a abertura dos filmes do estúdio com seu rugido triunfante. Mas esta semana a MGM revelou a primeira atualização de sua marca desde 2012, com um acabamento em ouro metálico altamente polido e, pela primeira vez, uma cópia digital substituiu a imagem do leão vivo.
O advento da computação gráfica fotorrealística, inaugurada por sucessos de bilheteria como O Exterminador do Futuro 2 e Jurassic Park décadas atrás, finalmente resolveu um problema de Hollywood: as estrelas de cinema lucrativas são meros seres humanos que, eventualmente, envelhecem e param de fazer filmes. Os efeitos visuais modernos podem, pelo menos em teoria, estender suas carreira por décadas, mesmo depois de mortas.
Por mais que criar seres humanos realistas com uma atuação crível e emotiva em um computador seja um problema técnico, colocar uma cópia digital de uma celebridade falecida em um filme já atinge a esfera moral. As famílias e os herdeiros de estrelas famosas de Hollywood não querem que os estúdios possam decidir onde esses artistas aparecem após sua partida. Por exemplo, se o ator Christopher Plummer aparecer em um anúncio do restaurante mexicano Taco Bell daqui a alguns anos, não seria exatamente um acréscimo ao seu legado.
Até agora, vimos principalmente a computação gráfica usada como uma forma de rejuvenescer celebridades para sequências de flashback, como uma versão mais jovem de Kurt Russell em Guardiões da Galáxia Vol.2 ou um Michael Douglas sem rugas em Homem Formiga e a Vespa. Também é uma maneira para os atores realizarem acrobacias perigosas sem a necessidade de muitos equipamentos de segurança no set.
Poucos percebem que o animal que ruge com o logotipo atual da MGM tem esse emprego desde 1957, um total de 64 anos, o que passa dos mais de 49 anos da vida média de um leão. E antes da versão de 1957, houve outros sete leões diferentes que atuaram no papel de Leo. Aliás, distinguir um leão do outro não é uma tarefa fácil para quem não conhece tão bem os animais. Por isso, trocar os felinos tem sido um grande problema para a MGM. Contudo, as filmagens de 1957 estavam começando a parecer antigas, e tentar torná-las nítidas e modernas para serem aplicadas na transição de HD para 4K e depois para 8K se tornou cada vez mais desafiador. Deste modo, o futuro Leo foi substituído por um leão de computação gráfica, como você confere no vídeo abaixo:
O novo logotipo animado ia estrear originalmente no filme do James Bond, 007 – Sem Tempo para Morrer, mas, como seu lançamento foi adiado várias vezes por causa da pandemia de Covid-19 (de novembro de 2019 para o final de 2021), o Leo 9.0 dará as caras em Dog, uma comédia com o ator Channing Tatum, que será lançada em julho, e em Respect, um filme biográfico de Aretha Franklin que será lançado em agosto.