Novo estudo relaciona eficácia da vitamina D ao seu peso na balança

Estudo com mais de 25 mil pessoas nos EUA apontou que eficácia da vitamina D pode ser diferente em pessoas obesas. Entenda
Novo estudo relaciona eficácia da vitamina D ao seu peso na balança
Imagem: Samuel Ramos/Unsplash/Reprodução

A eficácia dos comprimidos de vitamina D pode ser menor entre pessoas com IMC (índice de massa corporal) mais alto. É o que mostra um estudo do Brigham and Women’s Hospital, dos EUA, publicado na últimaterça-feira (17). 

Segundo a pesquisa, a suplementação da vitamina só pareceu melhorar os resultados de exames das pessoas com IMC abaixo de 25. Isso inclui indivíduos com excesso de peso, mas exclui obesos. 

Analisando amostras de sangue, os pesquisadores descobriram que a suplementação de vitamina D aumentou a maioria dos biomarcadores associados ao metabolismo, independente do peso. Mas esse aumento foi muito menor em pessoas com IMC elevado.

A vitamina D é atribuída a diversos processos biológicos, especialmente na absorção de minerais, como cálcio e magnésio. O mais comum é que recebamos a vitamina através da luz solar ou por suplementação, em caso de deficiência.

O que já se sabe 

O levantamento é parte da análise de dados do VITAL, uma grande pesquisa clínica feita nos EUA para investigar se o uso de suplementos de vitamina D ou ômega-3 poderia reduzir o risco de câncer, doenças cardíacas ou AVCs (acidentes cardiovasculares). 

A análise inclui dados de 25.871 norte-americanos de idades variadas e sem qualquer doença no momento da inscrição.

Até agora, o estudo encontrou poucos benefícios da suplementação de vitamina D para a prevenção do câncer, ataques cardíacos ou derrames cerebrais. Mas já há uma correlação estatística entre o IMC e a incidência e mortalidade de câncer, além da incidência de doenças autoimunes, também para diabetes tipo 2.

“Isso pode ter implicações clínicas e potencialmente explicar algumas das diferenças observadas na eficácia da suplementação de vitamina D pelo status de obesidade”, disse Deirdre Tobias, epidemiologista que chefiou o estudo. Segundo ela, os dados chamam a atenção para a necessidade de não interromper as pesquisas e explorar os potenciais benefícios da suplementação com o nutriente. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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