Novo recurso da Adobe dá um tapa no design dos PDFs para facilitar leitura no celular
A Adobe vem fazendo barulho em torno de sua Sensei AI há algum tempo. Finalmente essa tecnologia ganhou uma utilidade para o usuário médio. O aplicativo Adobe Reader agora usa aprendizado de máquina para reformatar PDFs para que eles fiquem legíveis em dispositivos móveis.
O novo Liquid Mode do Adobe Reader carrega seu documento para o serviço de nuvem da Adobe, onde é processado pela Sensei AI para identificar itens como cabeçalhos, imagens e blocos de texto. O documento é então devolvido ao seu dispositivo com um novo layout compatível com dispositivos móveis.
Enormes blocos de texto minúsculo que não caberiam na tela são alinhados automaticamente e ganham espaçamento adequado entre parágrafos, as imagens se encaixam perfeitamente e levam o resto do documento em consideração, e algumas seções podem até se tornar recolhíveis. Essencialmente, o recurso transforma os PDFs em páginas da web modernas com design responsivo.
O Liquid Mode é uma exclusividade do Adobe Reader para Android e iOS no momento. Portanto, não adianta tentar outro app. Isso, é claro, acaba forçando as pessoas a usarem o produto da Adobe.
Em uma entrevista à Fast Company, os representantes da empresa insistiram que a principal motivação por trás do recurso era encontrar uma solução para o problema dos PDFs em smartphones — eles são tão pouco úteis que as pessoas fecham esses documentos no minuto em que veem no que estão se metendo. Os desenvolvedores da Adobe chegaram a começar a desenvolver um novo formato, mas decidiram que a valia a pena tentar adaptar os PDFs, já que este é um formato bastante compatível e disseminado.
O Liquid Mode ainda tem várias limitações. Ele precisa de suporte para formulários, apresentações de slides, digitalizações e arquivos com mais de 10 MB ou 200 páginas. Outro recurso que está por vir é a capacidade de reformatar documentos para o novo modo no aplicativo de desktop antes de compartilhar com outras pessoas. A empresa também disse à Fast Company que pode oferecer alguns recursos premium para assinantes do seu serviço Document Cloud.