O que Brian May, do Queen, estava fazendo na missão OSIRIS-REx da NASA?
Além de guitarrista da lendária banda britânica Queen, Brian May também é astrofísico e ajudou a NASA na missão OSIRIS-REx. A sonda fez história nesta semana ao realizar com sucesso a entrega de amostras de pó e rochas do asteroide Bennu. Mas o que ele fez exatamente?
A atuação de May na missão foi de criar imagens estereoscópicas a partir dos dados da nave espacial. E esse trabalho é muito importante, já que essas imagens permitiram que a equipe localizasse um ponto seguro para a aterrissagem e o recolhimento da amostra.
Nas redes sociais, ele pediu desculpas por não estar junto com a equipe da NASA durante o pouso, já que está ensaiando para uma nova turnê do Queen.
“Resultado fantástico, dia histórico. Amostragem bem-sucedida do material da superfície do asteroide Bennu entregue com segurança à Terra”, disse.
“Isso pode revelar coisas secretas sobre a origem do universo, da Terra e da vida”, completou ele na publicação. A viagem da OSIRIS-REx começou em 2016, tendo como principal objetivo coletar o material da superfície de Bennu, um asteroide rico em carbono.
Os pesquisadores acreditam que o material coletado pode revelar segredos sobre a origem do nosso Sistema Solar e da vida na Terra.
Brian May: músico aclamado e cientista respeitado
Antes de se tornar o lendário guitarrista do Queen, Brian May estudou física e matemática na Imperial College London, na Inglaterra, concluindo os estudos em 1970.
No mesmo ano, iniciou seu PhD em astrofísica. O roqueiro estudava a luz refletida pela poeira interplanetária e a velocidade desta mesma poeira no plano do Sistema Solar.
Junto com os estudos, ele fundou o Smile, banda que logo mudaria de nome para Queen. Em 1974, com o grupo começando a fazer sucesso, o guitarrista decidiu abrir mão dos estudos para focar em sua carreira musical com os parceiros Freddie Mercury, John Deacon e Roger Taylor.
O tempo se passou e somente em outubro de 2006, 32 anos depois de desistir do PhD, May decidiu retomá-lo na Imperial College London. Assim, com a conclusão dos estudos e a publicação da sua pesquisa, o músico começou a colaborar com a agência espacial norte-americana.