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O que é a “cocaína rosa”, encontrada no corpo do cantor Liam Payne

Saiba o que tem na "cocaína rosa", que levou à morte de Liam Payne, vocalista do One Direction, na Argentina

cocaína rosa

Como você já viu aqui no Giz Brasil, na última quarta-feira (16), o cantor britânico Liam Payne, ex-vocalista do One Direction, morreu após cair da sacada de um hotel em Buenos Aires, na Argentina, aos 31 anos. Nesta segunda (21), fontes confirmaram à rede americana ABC News que uma autópsia parcial descobriu que o músico tinha várias substâncias em seu organismo quando morreu, incluindo a “cocaína rosa”.

A droga é um coquetel sintético, comum em pó ou pílula, com cor vibrante devido a corantes alimentícios. Às vezes, tem adição de aromas, como morango. Apesar do nome, ela não necessariamente contém cocaína. No caso de Liam Payne, os exames revelaram a presença de metanfetamina, cetamina, MDMA, cocaína, benzodiazepina e crack no coquetel.

Alguns dos ingredientes comuns do coquetel rosa são o MDMA (ou ecstasy) um estimulante com propriedades psicodélicas; cetamina, um anestésico com efeitos sedativos e alucinógenos; e drogas 2C-B, psicodélicos que podem ter efeitos estimulantes.

Cocaína rosa vem fazendo vítimas na Europa

Nos últimos tempos, o coquetel vem se tornando uma preocupação na Europa, associado a um aumento em mortes por overdose. Sua composição imprevisível e popularidade crescente alarmam as organizações de redução de danos, de acordo com a BBC.

Isso porque a adição de cetamina, por exemplo, amplamente disponível como uma droga recreativa, pode levar à inconsciência ou dificultar a respiração, aumentando os riscos. Além disso, a cocaína rosa ainda pode ser difícil de detectar através de testes de drogas comuns.

Popular na Espanha, o coquetel, considerado um produto de alta qualidade, custa cerca de US$ 100 o grama (cerca de R$ 550) no país. Seus nomes variam: podendo ser conhecida como “cocaína rosada”, “tuci”, “Vênus” ou “Eros”.

A forma original da cocaína rosa foi sintetizada pela primeira vez pelo bioquímico norte-americano Alexander Shulgin, em 1974. Contudo, a variante moderna surgiu de uma versão falsificada na Colômbia por volta de 2010.

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