Os celulares não param de tocar

Hoje, uma tragédia atípica nos acordou no domingo: um incêndio com mais de 200 mortos em uma boate na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. E, segundo os relatos dos Bombeiros no local, os celulares não param de tocar. É doloroso pensar que o aparelho que mais diminuiu distâncias fique tocando, tocando, […]

Hoje, uma tragédia atípica nos acordou no domingo: um incêndio com mais de 200 mortos em uma boate na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. E, segundo os relatos dos Bombeiros no local, os celulares não param de tocar.

É doloroso pensar que o aparelho que mais diminuiu distâncias fique tocando, tocando, tocando sem resposta. Nos desacostumamos a não encontrar as pessoas. O aparelho que eliminou o adeus enfático para quem mora longe, o aparelho que facilitou o ir e vir das informações.

E o ir e vir de informações, como em qualquer grande tragédia, está frenético: Twitter, Facebook e YouTube estão lotados de mensagens de luto, opiniões exacerbadas e desencontro e encontro de informações. É preciso ter um filtro ocular mais apurado do que nunca para saber o que é real, o que é fato, o que é dor transformada em revolta.

Na luz de uma tragédia tão grande, acompanhando as redes sociais cabisbaixas, mas ao mesmo tempo inflamadas, a única coisa que peço é que tomemos cuidados com os milhares de julgamentos instantâneos. Relatos de pessoas que passaram por um trauma tão grande, dedos apontados de forma tão furiosa com tão pouca informação… fuja disso. Em partes, fuja das redes sociais: como disse o Pedro em seu blog, procure a relação mais humana que uma tragédia tão distante pode lhe trazer. [Crédito da imagem: Germano Roratto/Agência RBS/Folhapress]

 

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