Países vão à Casa Branca para discutir avanço de ataques ransomware

Cúpula reúne 13 empresas e 36 países, incluindo o Brasil. Objetivo é frear avanço de táticas de sequestro de dados e extorsões online
Países vão à Casa Branca para discutir avanço de ataques ransomware
Imagem: Mika Baumeister/Unsplash/Reprodução

A convite da Casa Branca, representantes de 36 países – incluindo o Brasil – estão em Washington nesta segunda (31) e terça-feira (1º) para discutir o avanço dos ataques ransomware no mundo. Também participam 13 empresas privadas, entre elas a Microsoft

Essas invasões são como “sequestros” de dados: softwares mal-intencionados bloqueiam computadores e servidores e, depois, hackers exigem pagamentos em dinheiro para liberá-los.  

Nos últimos 18 meses, foram 4 mil ataques de ransomware no mundo. “O problema já é global”, disse um porta-voz do presidente dos EUA, Joe Biden. “Estamos vendo o ritmo e a sofisticação dos ataques aumentarem mais rápido que nossos esforços para interrompê-los”, publicou o site Cyberscoop

Segundo a Casa Branca, um fator-chave que alimenta o avanço dos ataques é o fato de que países como a Rússia abrigam agentes de ransomware livremente. Moscou não faz parte da cúpula. 

Agora os países do grupo trabalham em uma declaração compartilhada para pressionar os países que abrigam cibercriminosos. Outra medida será a criação de um sistema comum de compartilhamento de informação sobre ameaças. 

Desafio crescente 

No ano passado, uma cúpula virtual com os mesmos países trouxe iniciativas para aumentar as formas de combate aos ataques. Uma das medidas envolveu exercícios globais contra ameaças – mas pouco disso serviu para coibir a prática. 

Em 2022, órgãos públicos e privados de vários países enfrentaram o prejuízo em seus sistemas e paralisação de serviços por causa da prática criminosa. Nos EUA, um ataque forçou o fechamento em definitivo da CommonSpirit Health, a segunda maior rede de saúde dos EUA. 

Um levantamento de setembro mostrou que o Brasil é o quarto país que mais sofre com ataques ransomware no mundo. Só está atrás dos EUA, Japão e Taiwan. A média de ataques por aqui fica em torno de 1 milhão depois do pico de março, que chegou a 2,5 milhões. 

Além do Brasil, participaram os países: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Canadá, Cingapura, Croácia, Espanha, Estônia, União Europeia, França, Índia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Quênia, Lituânia, México, Holanda, Nova Zelândia, Nigéria, Noruega, Polônia, Coreia do Sul, Reino Unido, República Tcheca, República Dominicana, Romênia, África do Sul, Suécia, Suíça, Ucrânia e Emirados Árabes Unidos.

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas