A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou novo boletim do Observatório Covid-19 referente ao período de 20 de junho a 3 de julho, que indica que nenhum estado do país registrou aumento nas incidências e mortalidade em por conta do coronavírus. Apesar disso, as autoridades alertam que ainda não é hora de comemorar.
O país registrou o segundo dia seguido de média móvel de mortes abaixo de 1.500, é o 12° dia seguido de queda. Ainda assim, o número de óbitos no Brasil ultrapassou a marca de 530 mil. O gráfico mostra a média de mortes desde o início da pandemia.
O boletim da Fiocruz também aponta uma queda na ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na rede pública de saúde. Tocantins e Sergipe, que estavam em estado crítico com 90% e 88% respectivamente das unidades ocupadas, apresentaram uma queda e agora estão na chamada ‘zona de alerta’. O relatório indica que em outros outros 14 estados, as taxas caíram em pelo menos cinco pontos percentuais. Ainda que as regiões tenham apresentado melhoras significativas, os pesquisadores alertam para as altas taxas de internações Síndromes Respiratórias Agudas Graves, causadas pelo coronavírus.
Os números expressivos podem ser resultado da vacinação em massa, que já se mostrou eficaz na queda da taxa de transmissão. Os dados das secretarias de Saúde apontam que mais de 78 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e 26 milhões a segunda, além de pouco mais de um milhão de pessoas com a dose única da Janssen. O número refere-se a 13% da população brasileira completamente vacinada. Alguns especialistas disseram que ‘para voltar à vida normal’ seria necessário que 75% da população estivesse vacinada.
Daí a necessidade de alertar sobre a aplicação de outra dose da vacina. Para que o corpo consiga produzir resposta imunológica corretamente, é preciso voltar no prazo estipulado e tomar a segunda dose. A aplicação das vacinas não garante que a pessoa não irá adquirir o vírus, mas evita casos graves, internações e mortes pela doença
Variantes da Covid-19
Os especialistas temem que a queda nos números de incidências seja motivo para relaxarem as medidas de segurança. De acordo com matéria da BBC Brasil, relaxar as medidas aumenta o risco de uma terceira onda, ainda mais letal.
A variante Delta, identificada inicialmente na Índia, é muito mais transmissível do que as outras cepas do coronavírus e se tornou dominante em grande parte da Europa. Recentemente São Paulo registrou o primeiro caso da doença e o 14º no país. Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde lembra que todas as vacinas que foram aprovadas em uso emergencial contra o coronavírus são eficazes contra as variantes, incluindo a Delta. A única saída que nos restas é, de fato, aderir à vacina.
[UOL]