Pesquisadores do MIT propõem novo tipo de missão lunar usando robôs
Construir uma casa não é tarefa fácil. Leva tempo, dinheiro e, claro, mão de obra. É necessário uma equipe de arquitetos, engenheiros e pedreiros para tirar o imóvel do papel e torná-lo habitável.
Pense agora em uma base lunar. Os métodos de construção não são os mesmos, mas isso não significa que o processo é menos trabalhoso. Não dá para enviar uma equipe enorme para o satélite, então por que não usar robôs?
Calma, não será necessário montar uma quantidade imensa de homens de lata. Na verdade, cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA, sugeriram a criação de peças robóticas universais, que poderão ser misturadas e recombinadas para criar diferentes tipos de máquinas.
Assim, os astronautas poderão conseguir com os mesmos equipamentos robôs capazes de atuar em diferentes funções, desde a instalação de painéis solares até a perfuração do solo para obter água congelada.
O sistema recebeu o nome de WORMS (Walking Oligomeric Robotic Mobility System). Ele foi idealizado em 2022 para o desafio Breakthrough, Innovating and Game-Changing (BIG) da NASA. As propostas deveriam projetar robôs sem rodas que pudessem circular em ambientes extremos como Marte e a Lua.
O projeto foi finalista da competição e também ganhou o prêmio de melhor trabalho técnico. Neste ano, a equipe do MIT apresentou a pesquisa durante a Conferência Aeroespacial do IEEE, onde ganhou o prêmio de melhor artigo.
De toda forma, os robôs modulares não devem ir à Lua tão cedo. Por enquanto, o projeto foi apenas validado em laboratório, mas ainda precisa passar por testes no mundo real – mais especificamente, no satélite. Pesquisadores esperam realizar uma missão de demonstração do WORMS no espaço em 2026.