Pesquisadores encontram misteriosa criatura marinha no Reino Unido; veja
Uma nova espécie de lesma-do-mar foi descoberta nas águas do Reino Unido por um navio de pesquisa do Centro de Ciência do Meio Ambiente, Alimentação e Aquicultura (CEFAS, na sigla em inglês) britânico. A criatura marinha, batizada Pleurobranchaea britannica, pertence a um grupo de moluscos marinhos sem concha.
O que chama atenção é que esse grupo normalmente é encontrado em águas mais quentes, como no Mediterrâneo e no Senegal.
Ross Bullimore, biólogo marinho do CEFAS, participou da descoberta. Ele reconheceu a lesma-do-mar como algo especial assim que a viu. “Foi como uma lâmpada se acendendo”, disse, em um comunicado.
Após avisar o animal, Bullimore coletou o espécime, que mede cerca de 5 cm de comprimento, e o levou para o laboratório para análises genéticas e morfológicas.
Assim, os resultados confirmaram que se tratava de uma espécie nova para a ciência. Logo depois, o animal foi descrito em um artigo publicado na revista Scientific journal of Zoosystematics and Evolution.
Como é a criatura marinha
A lesma-do-mar recém-descoberta possui brânquias com aparência de plumas em um lado do corpo, e uma cor marrom-avermelhada com manchas brancas.
Apesar da aparência inofensiva aos humanos, trata-se de um predador que se alimenta de outros invertebrados, como vermes e anêmonas. Segundo os pesquisadores, ela pode ser considerada uma “espécie indicadora”, que ajuda a monitorar a saúde dos ecossistemas marinhos e os efeitos das mudanças climáticas.
“Estamos vendo a presença de uma espécie que sempre foi registrada em águas mais quentes. Isso pode indicar que este grupo de espécies é capaz de expandir ainda mais seu alcance porque as condições estão se tornando mais favoráveis ou mais apropriadas para isso”, explicou Bullimore.
Dessa forma, segundo o pesquisador, a descoberta mostra que ainda há muito a aprender sobre a vida nos mares que banham o Reino Unido. “Encontrar uma nova espécie que não seja microscópica é bastante emocionante. Mostra que ainda há trabalho a ser feito”, declarou.
Como resultado, os cientistas esperam que a nova espécie possa contribuir para o conhecimento da biodiversidade marinha. Além disso, também para a conservação dos habitats costeiros, que estão ameaçados pela poluição, pela pesca excessiva e pelo aquecimento global.