Polícia espanhola prende quadrilha que traficava papelão com cocaína impregnada
Uma operação internacional liderada por autoridades espanholas prendeu 18 membros de uma quadrilha de traficantes na Espanha, na Bulgária, na Holanda e na Colômbia. O grupo supostamente impregnava a cocaína em caixas de papelão para contrabandeá-la.
De acordo com o Guardian, os policiais dizem que a investigação foi focada em um criminoso acusado pelo apelido de “o Cirurgião”, identificado pelo The Local ES como Mauricio Vergara. A polícia alega que ele usava sua clínica como fachada para tráfico de drogas.
A operação envolvia impregnar caixas de papelão com cocaína. As caixas eram usadas para transportar limões e abacaxis da Colômbia para a Europa com pequenas quantidades de cocaína. Segundo a polícia, químicos extraíam a droga do papelão depois.
Acredita-se que a quadrilha de traficantes Los Castaña, que opera na costa sul da Espanha, também está envolvida. Seu líder, Francisco Tejón, foi preso em 2018. A polícia disse ao Guardian que eles foram presos em um carregamento adulterado de mais de 5.000 caixas de lima e mais de 1.600 caixas de abacaxi no início deste ano.
“Pequenas quantidades da droga — nunca mais que 100 g — eram colocadas em cada caixa e posteriormente extraídas por complicados processos químicos nos próprios laboratórios da quadrilha”, disseram as autoridades espanholas, segundo o Guardian. “Os químicos da quadrilha foram então enviados da Colômbia para a Espanha, onde permaneceram até serem despachados para a Bulgária e a Holanda, onde começaram a extrair a cocaína. Uma vez terminado o trabalho, eles retornaram à Espanha e depois à Colômbia.”
“Usando mecanismos internacionais de cooperação policial, a polícia e os promotores búlgaros rastrearam a remessa até um armazém em Sófia, onde os produtos legais deveriam ser separados dos ilegais, e o papelão contaminado destinado ao laboratório desenvolvido”, acrescentou a polícia.
Um vídeo postado pela Polícia Nacional da Espanha mostrou o que parecia ser maquinaria usada para triturar o papelão e transformá-lo em uma massa fibrosa para prensagem e subsequente extração da cocaína.
https://twitter.com/policia/status/1260486181218811905
O ex-jogador de futebol Edwin Congo, que se aposentou do esporte aos 33 anos em 2009, estava entre os presos. Ele foi libertado após interrogatório, de acordo com o Local, e insistiu que seu único envolvimento com a gangue era o comércio de esmeraldas.
“Sou inocente, não tenho absolutamente nada a ver com venda, fabricação ou qualquer coisa que tenha a ver com cocaína”, disse Congo à emissora de TV espanhola La Sexta na noite de terça-feira (12), escreveu o Local.