População da China deve encolher meio Brasil nos próximos 30 anos
Pelo segundo ano seguido, a população da China caiu. O segundo país mais populoso do mundo sofreu uma queda de 2,75 milhões, segundo dados divulgados pelo governo nesta quarta-feira (17).
Com isso, as estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) foram atualizadas e, segundo o órgão, a população da China deve sofrer uma redução de até 109 milhões de habitantes até 2050. Isso equivale a metade da população brasileira, que está em cerca de 214,3 milhões.
Entre as razões para a redução populacional está a queda na taxa de natalidade e a onda de mortes provocadas pela Covid-19. O país conta com 1,4 bilhão de habitantes.
Com isso, o país asiático fica em segundo lugar no ranking de maiores populações no mundo, perdendo para a Índia por apenas 300 mil habitantes. O terceiro lugar fica com os Estados Unidos, com 331 milhões, seguido da Indonésia, com 273 milhões.
Queda na taxa de natalidade na China
A China ficou conhecida por sua “política de filho único, que durou de 1980 a 2015. Apesar de já ter acabado, o país enfrenta agora uma queda na taxa de natalidade. Em 2016, a lei passou a permitir até dois filhos e, em 2021, três filhos.
No caso do gigante asiático, além da política de filho único, os motivos apontados para a queda da natalidade são a conjuntura econômica, o aumento dos custos de vida nos centros urbanos.
Somado a isso, a pandemia de Covid-19 fez a taxa de óbitos passar de 7,37 para 7,87 para cada 1.000 habitantes. Esse é o maior número no país desde 1974.
Porque a queda na natalidade é ruim?
A consequência direta da redução no número de nascimentos é o agravamento do envelhecimento populacional. Assim, a falta de mão de obra para o trabalho está claro no país.
Isso preocupa os líderes mundiais, já que pode frear o crescimento econômico e aumentar os custos do governo com cuidados com idosos e aposentadorias.