Por que 2022 será o ano do 5G no Brasil
Carros autônomos, internet das coisas e reuniões virtuais no metaverso. Para que esses avanços tecnológicos seja viáveis no Brasil, é preciso que redes móveis mais rápidas e estáveis estejam disponíveis. Ou seja, um 5G estabelecido.
E, em 2022, ele finalmente deve estar acessível aos brasileiros.
Após inúmeros atrasos e anos de espera, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concluiu em novembro passado o leilão da rede 5G.
Ao todo, foram arrecadados R$ 47,2 bilhões com a venda das novas radiofrequências, sendo que R$ 42 bilhões deste total serão utilizados para ampliar a conectividade fixa e móvel no país.
5G nas 27 capitais
Por mais que o 5G chegue a todos os municípios do território brasileiro somente em 2029, o Governo Federal promete que todas as 27 capitais brasileiras contarão com a rede de nova geração até julho de 2022.
Para funcionar, as redes 5G utilizam frequências de rádio mais altas, que permitem transportar mais dados a uma latência menor. Se antes levava 10 minutos para baixar um filme em 4G, o mesmo poderá ser feito em apenas 30 segundos no 5G.
Essa tecnologia cria uma série de novas possibilidades, como o avanço na telemedicina, no uso de veículos autônomos ou na realidade virtual. Isso sem falar nas maravilhas tecnológicas que serão inventadas pós-5G.
Avanços são esperados em diversas áreas, como em transporte, segurança, comércio, saúde e entretenimento. De notebooks a celulares, passando por aparelhos domésticos a itens vestíveis, todos estarão conectados ao 5G.
Avanço até no 4G
Muito além da simples oferta da conexão de quinta geração, os recursos levantados com o leilão também serão utilizados para levar o 4G para as localidades ainda desconectadas, bem como a instalação de backbones para ampliar a malha de fibra óptica no país.
Afinal, com mais gente trabalhando em casa, por conta da pandemia, uma melhor conectividade ṕara todos é bem-vinda. Por outro lado, com o avanço da vacinação e a queda no número de casos, a expectativa é que 2022 seja um ano mais propício para os negócios, com o 5G atraindo mais investimentos para o país.
Por mais que a tecnologia chegue atrasada ao Brasil, a expectativa é que a adoção do 5G seja mais rápida, numa velocidade maior do que foi na implantação do 4G.
Chegada de aparelhos mais baratos
Antes mesmo da realização do leilão, os primeiros smartphones compatíveis com 5G já estavam desembarcando em solo nacional. É claro, por ainda ser uma novidade, o preço ainda será um problema para a maioria dos consumidores finais. Mas, é esperado que novos e mais baratos dispositivos cheguem ao mercado brasileiro no próximo ano.
Saindo do uso pessoal, a tecnologia também é aguardada pela indústria brasileira, que vê a conectividade como um importante ativo de competitividade internacional, assim como um impulsionador de inovações para a indústria 4.0.
Além disso, o Ministério das Comunicações projeta que o agronegócio vai crescer entre 10% e 20% com o 5G e, como resultado, o PIB (Produto Interno Bruto) vai crescer 2,6%.
Mais antenas
É claro, todo esse progresso também tem suas implicações. A principal delas é que as frequências de rádio no 5G não vão muito longe, o que significa que precisaremos de muito mais antenas em nossos bairros – uma em cada esquina pelo menos – para garantir a velocidade e latência prometidas.
Além disso, com mais itens conectados no 5G, a privacidade, a segurança de informações pessoais e a espionagem virtual serão preocupações recorrentes, estimulando novos debates sobre a coleta de dados.
De qualquer forma, a nova conexão está chegando e, apesar dos atrasos e potenciais problemas, a expectativa é que 2022 será o ano do 5G no Brasil.