O que poderia ser o retorno da Rússia para a elite da cena espacial, se tornou um fracasso. A Luna-42, primeira sonda lançada pela potência desde 1976, colidiu com a Lua em um incidente neste sábado (19).
De acordo com a agência especial russa, a espaçonave “explodiu após uma colisão com a superfície lunar”.
O pouso estava previsto para acontecer nesta segunda-feira (21) no polo Sul da Lua. Segundo autoridades russas, o acidente aconteceu após “um impulso para formar sua órbita elíptica de pré-pouso”, “por volta das 14h57 [horário local, 8h57 do Brasil]”, a comunicação com a Luna-25 foi interrompida”.
A agência espacial russa anunciou que uma comissão interministerial assumirá a responsabilidade de compreender as razões por trás do incidente que resultou na perda da Luna-25. O governo russo ainda não divulgou informações adicionais sobre a provável causa do problema técnico.
A sonda russa caiu na lua neste fim de semana. Imagem: Roscosmos/Reprodução
Retorno da corrida espacial
O fracasso da Luna-25 é, sem dúvida, um duro golpe para o governo de Vladimir Putin. Ele havia prometido dar continuidade ao programa espacial russo como uma estratégia para desviar a atenção mundial da guerra em andamento com a Ucrânia.
Quando o governo russo anunciou a missão, estava claramente declarado que o objetivo central seria o desenvolvimento de tecnologias de pouso suave. Além disso, os russos também tinham a intenção de realizar pesquisas detalhadas sobre a estrutura interna da Lua, bem como explorar recursos potenciais, como a presença de água.
Porque o polo Sul da Lua?
Uma nova corrida espacial rumo ao Polo Sul da Lua está em curso — e tem os EUA, a Rússia, a China e Índia como protagonistas. Russos e outras agências espaciais estão direcionando seu interesse para o polo Sul da Lua devido à possibilidade de depósitos de gelo de água estarem presentes na região. Isso poderia sustentar futuras bases e colônias lunares.
Região vive nova corrida espacial. Imagem: NASA/KARI/Divulgação
Por enquanto, a tentativa russa não deu certo, mas outros países já estão de olho na região. Em julho, a Índia lançou o aterrissar a sonda Chandrayaan-3, entrando em órbita no último dia 5. O módulo de pouso lunar já está descendo sua órbita para uma tentativa de aterrissagem na próxima quarta-feira (23).
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