
Por que a Geração Z trocou o iPhone por uma Cyber-shot de 2005?
Sai o iPhone 16 de 2024 e entra a Cyber-shot de 2005. Na mais recente trend da Geração Z, os jovens estão ressuscitando as antigas câmeras digitais dos anos 2000, refletindo uma combinação de nostalgia e um desejo por alternativas não digitais.
O fenômeno da “tecnologia nostálgica” acompanha uma nova tendência da Geração Z: a exclusividade. Ou seja: tecnologias antigas se tornaram tendência para a geração Z pelo aspecto vintage.

Imagem: Instagram/Reprodução
Nostalgia pela estética dos anos 2000
A trend não fica restrita somente às câmeras. Além da troca da Cyber-Shot pelo iPhone, a Geração Z está trocando o Spotify pelos vinis, abraça o retrogaming e, até mesmo, coleciona celulares flips dos anos 2000.
Sobre as câmeras digitais compactas do início dos anos 2000, a ressurgência entre a Geração Z também é um fenômeno das redes sociais, com contas no Instagram que publicam fotos usando câmeras fabricadas entre 1997 e 2005.
Aliás, esse período recebe o nome “Y2K”, sigla para “Anos 2000”, cuja hashtag tem mais de 124 milhões de visualizações no TikTok.
Cyber-Shot vs iPhone: Geração Z escapa do mundo superconectado (com originalidade)
Há vários fatores que fizeram a Geração Z trocar o iPhone pela Cyber-Shot, sobretudo pelos modelos lançados entre 2005 e 2009, incluindo a natureza cíclica da moda.
Um desses fatores (além da trend) é a vontade por estilos visuais alternativos, que também indicam a busca por originalidade.
Ao contrário das câmeras do iPhone 16 ou do Galaxy S25, as câmeras digitais dos anos 2000, como a Cyber-Shot, oferecem um estilo fotográfico distinto, sem a alta resolução e a edição instantânea dos smartphones.
Câmeras digitais compactas, como a Cyber-Shot, possuem mecanismos simples, como lentes integradas, foco automático e configurações de exposição. Essa junção fornece uma estética única, com uma maior profundidade de campo e efeitos de suavização natural. Veja:
Fuga das redes sociais e dos celulares
Você se lembra quando os millennials usavam o aplicativo Huji para imitar as fotos de câmeras analógicas (aliás, por isso o trocadilho com “Fuji”)?
Pois é, a moda é similar, em partes. Ao contrário dos Millennials, a Geração Z quer fugir da conectividade infinita dos smartphones das redes sociais.
Enquanto o Huji era um app para postar fotos no Instagram pelo seu iPhone, a Cyber-Shot permite escapar do ambiente digital em que a Geração Z cresceu.
Sustentabilidade
Por fim, a preocupação com a sustentabilidade desempenha um papel nessa tendência da Geração Z. Segundo um relatório da firma de análise de marketing First Insight, a Geração Z prioriza compras de aparelhos usados.

Imagem: Screenshot/Giz Brasil
Sites brasileiros de compras de usados lista centenas de câmeras digitais dos anos 2000. A maioria dos anúncios da Cyber-Shot mostram câmeras com adesivos de ícones da cultura pop dos anos 2000, como a Hello Kitty.
Portanto, a Geração Z deu adeus ao iPhone e abraçou a Cyber-Shot também por uma “saudade daquilo que não viveu”, mas que se alinha perfeitamente ao modo “neohipster” de ser.