Por que EUA, China, Rússia e Índia estão correndo para o Polo Sul da Lua
Uma nova corrida espacial rumo ao Polo Sul da Lua está em curso — e tem os EUA, a Rússia, a China e Índia como protagonistas. Possivelmente, Índia e Rússia chegarão primeiro, mas isso não significa que vencerão a corrida.
A Índia lançou o aterrissador Chandrayaan-3 no dia 14 de julho, entrando em órbita no último dia 5. O módulo de pouso lunar já está descendo sua órbita para uma tentativa de aterrissagem na próxima quarta-feira (23).
Caso tenha sucesso, a Índia se juntará aos EUA, à Rússia (União Soviética) e à China como as únicas nações a aterrissarem na Lua.
Tentativa russa
Já a Rússia, que enviou sua última nave à Lua em 1976 na época da União Soviética, lançou o foguete Soyuz 2.1v na última sexta-feira (11), com a intenção de pousar no polo sul da Lua no próximo dia 21.
O lançamento é uma tentativa de reinserir a Rússia na corrida espacial moderna, já que os EUA se preparam para uma missão lunar com tripulantes que deve ocorrer em 2025 ou 2026.
A missão dos EUA, a Artemis 3, irá pousar no polo sul da Lua com a ajuda do foguete Starship, da SpaceX. Embora Rússia e Índia possam chegar ao polo sul da Lua primeiro, a China, além dos EUA, é a única nação que também planeja missões com tripulantes.
Essas missões tem como objetivo estabelecer uma presença humana na superfície lunar durante os próximos anos. Se quisermos nos sedentarizar no satélite natural em algum momento, é ideal ter domínio sobre as condições necessárias para viver ali a longo prazo.
Além disso, a ambição de Rússia, Índia, China e EUA com o polo sul da Lua se dá pela possibilidade científica de haver água nas crateras dessa região. Desse modo, é possível minerar o recurso natural e extrair combustível para as missões ou foguetes que irão à Marte.