Por que Robert Oppenheimer, o “pai da bomba atômica”, veio duas vezes ao Brasil
Fãs de cinema não falam em outra coisa além de “Barbenheimer“. O sucesso do longa-metragem de Christopher Nolan, que disputa bilheteria com “Barbie”, de Greta Gerwig, está chamando a atenção para a história da criação da bomba atômica pelo físico Julius Robert Oppenheimer. Mas um capítulo da biografia do cientista pode passar despercebido: ele já esteve no Brasil.
O “Pai da Bomba Atômica” veio ao país em 1953, durante o período da “Era Atômica”, na Guerra Fria (1947 – 1991). Um registro no site da FAPESP mostra o físico norte-americano (ao centro), em visita ao CNPq naquele ano.
Em 1961, o professor retornou ao Brasil para uma semana de palestras e conferências sobre seu trabalho sobre a Teoria do Campo Unificado. A teoria permite que todas as forças fundamentais entre partículas elementares sejam descritas em termos de um único campo.
Ao jornal O Estado de S.Paulo, J. Robert Oppenheimer disse que o país poderia, em breve, criar sua bomba atômica. Para ele, o Brasil estaria entre as potências no segmento. Isso porque era a nação sul-americana com pesquisas mais adiantadas no campo.
Além disso, de acordo com o físico, a luta nacional contra a falta de energia elétrica, sem minas de carvão ou indústria petrolífera forte, reforçava o interesse pela produção de energia atômica.
“Oppenheimer” na vida real
J. Robert Oppenheimer dirigiu o Laboratório de Los Alamos, no Novo México, EUA, local onde surgiu Projeto Manhattan, que criou a bomba atômica. Ele morreu em 1967, aos 62 anos, de câncer de garganta.
Na época, alguns dos cientistas por trás do projeto da arma, uma das mais letais da história, estavam preocupados a possibilidade de ela destruir o mundo, como você já viu no Giz Brasil.
A fim de elevar o nível de “Oppenheimer”, Christopher Nolan contratou cientistas reais de Los Alamos para o filme. O diretor fez a revelação em um bate-papo com o ator Cillian Murphy para a Entertainment Weekly. Veja a declaração do cineasta aqui.