Praia escondida há dois mil anos é reaberta ao público
Uma antiga praia, escondida pela erupção do Vesúvio, há quase dois mil anos, foi reaberta ao público após trabalhos de restauração. A direção do parque arqueológico da cidade de Herculano, na Itália, anunciou a reabertura da praia no final do mês passado, após anos de escavações e projetos de restauração.
A erupção do Vesúvio, no ano 79, enterrou a cidade e a costa, impossibilitando o acesso à praia. Agora, com a reabertura, as pessoas podem ver a praia da mesma posição que os romanos viam há quase dois mil anos.
O diretor do parque arqueológico de Herculano, Francesco Sirano, afirmou que os visitantes precisam atravessar um túnel para chegar à praia, um trajeto que transporta as pessoas a “dois mil anos atrás e, em seguida, à praia”.
Abbiamo riaperto l’antica spiaggia di Herculaneum, all’interno del Parco Archeologico di Ercolano.
Il nostro impegno sta ridando splendore e valore a questo luogo.
Grazie al direttore Francesco Sirano e al personale per il loro impegno. pic.twitter.com/tEvpl6YBwP— Gennaro Sangiuliano (@g_sangiuliano) June 20, 2024
De acordo com Sirano, a praia tinha uma areia vulcânica preta, mas optaram por não usá-la na restauração porque a areia poderia causar problemas de acessibilidade. Em vez da areia do vulcão, as autoridades decidiram usar um material preto com cor similar para recriar o cenário de dois mil anos atrás da praia.
2 mil anos depois
Assim como Pompeia, Herculano é famosa por ser uma das poucas cidades antigas preservadas quase que intactas, pois as cinzas do vulcão protegeram as estruturas. Além disso, Herculano foi descoberta primeiro, em 1709, mais de 40 anos antes de Pompeia.
Durante os trabalhos de restauração, arqueólogos descobriram os restos mortais de 330 pessoas na praia de Herculano. Eles tentavam fugir da erupção do Vesúvio com suas famílias e animais.
A principal descoberta durante esse período ocorreu em 2021, quando arqueólogos identificaram o esqueleto de um homem que estava tentando escapar da erupção pelo mar.
“Não foi apenas um trabalho de restauração, mas também um grande trabalho de pesquisa porque sabíamos que seria possível acessar os aspectos científicos”, disse Sirano.