“Professor de ChatGPT” é a profissão lucrativa do momento; entenda

Nos EUA, professor ganhou US$ 52 mil em menos de quatro meses ensinando iniciantes a usar o ChatGPT
“Professor de ChatGPT” é a profissão lucrativa do momento: entenda
Imagem: Lance Junck/Udemy/Reprodução

Os apelos de escolas e universidades não vai ser suficiente para barrar o avanço da IA (inteligência artificial): autodidatas estão buscando pelo título de “professor de ChatGPT” – e ganhando muito dinheiro em cima da ferramenta. Basicamente, se trata de vender cursos para usar a ferramenta. 

O ex-estrategista de marca Lance Junck é um deles. O norte-americano lançou um curso para iniciantes na IA no site educacional Udemy em dezembro e já ensinou o passo a passo a mais de 23 mil alunos. 

Em sete horas, o “professor de ChatGPT” ensina aos alunos como escrever seu primeiro prompt e formas de usar a tecnologia. Mesmo básico, o guia deu a Junck um lucro de US$ 52 mil (mais de R$ 260 mil no câmbio atual) em quatro meses, disse ele ao site Insider

O negócio deu tão certo que ele decidiu largar o emprego e se dedicar ao ensino do uso da plataforma em tempo integral. Ele não é o único: todos os dias pipocam centenas de professores que oferecem aulas de particulares de “como usar o ChatGPT”. 

Em todo o mundo, a Udemy soma cerca de 430 cursos sobre ChatGPT, com 417 mil alunos – um aumento de 47% desde março. Na versão da plataforma no Brasil, os três cursos criados por brasileiros mais bem avaliados já orientaram mais de 4,3 mil alunos.

O que se aprende em um curso de ChatGPT 

Os professores dizem que, por mais que o uso da plataforma pareça simples, muitas pessoas buscam ajuda especializada para gerar resultados mais precisos em suas buscas. 

As pessoas que vão ensinar o uso do ChatGPT não são necessariamente especialistas em IA. Junck, por exemplo, era só um curioso que passou muito tempo descobrindo o chatbot. Foi assim que aprendeu todos os macetes que ensinou depois para os alunos. 

Na maioria dos casos, os professores criaram cursos para compartilhar como usaram a plataforma para facilitar o próprio trabalho. Por isso, a tendência é que as aulas não sejam tão profundas – mas já oferecem o mínimo para fazer um bom uso da ferramenta. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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