Começou a temporada de Aquário e muitos questionamentos vêm à cabeça. Já pensou quando Saturno entrar em Peixes? E essa lua em Áries? Se você ficou sem entender nada, não se preocupe: muita gente não entende a diferença e mistura tudo quando o assunto envolve astronomia e astrologia.
Mas é importante saber que esses dois termos falam sobre coisas diferentes, apesar de terem raízes em comum. A gente explica: a astronomia é o estudo do universo e tudo que existe fora da atmosfera da Terra.
São os astrônomos que estudam os movimentos, posições e propriedades dos astros. Eles nos dizem porque o novo planeta descoberto na galáxia vizinha pode ser um “substituto” para a Terra e explicam o que é a mancha gigante encontrada no Sol, por exemplo.
A astrologia, por outro lado, tenta decifrar se essas posições, movimentos e propriedades afetam as pessoas e os eventos na Terra. Para muitos, é um oráculo, uma forma de prever o que há por vir a partir do posicionamento dos planetas e das constelações universo afora.
Transformações da ciência
Mas é importante dizer que, por muitos milênios, foi o desejo de melhorar as previsões da astrologia que motivou as observações e teorias da astronomia. A Babilônia já estudava a “matemática dos astros” 2.000 anos antes de Cristo.
À época, os sacerdotes acreditavam que seus deuses se comunicavam com os humanos através do movimento dos planetas – e também via presságios no fígado das ovelhas. Assim, a astrologia seguiu como parte da ciência dominante até o final de 1600.
O próprio Isaac Newton demonstrou alguns dos processos físicos que afetam os corpos celestes. E foi fazendo isso que ele mostrou como as leis da gravidade também se aplicam aos movimentos da Terra.
Campo da simbologia
Mas, desde então, a astronomia se tornou um campo único onde as previsões dos movimentos não servem como autoconhecimento ou para alertar sobre crises financeiras e desilusões amorosas, mas sim para desbravar o universo a partir de métodos científicos.
A astrologia, por sua vez, acabou se tornando um passatempo e uma “pseudociência”. Mas muitos ainda veem nos 12 signos do zodíaco a simbologia do ser humano e uma forma de autoconhecimento.
Milhões de pessoas ao redor do mundo ainda recorrem às suas previsões para ampliar a espiritualidade e se conhecer melhor – e, às vezes, até tentar prever o que há por vir no futuro só olhando para os trânsitos astrológicos.