Autoridades de Quebec, no Canadá, encontraram o incentivo que faltava para as pessoas se vacinarem: maconha e bebidas alcoólicas. Ou melhor, a falta delas.
O Ministro da Saúde da província, Christian Dubé, sinalizou que a venda destes produtos estaria proibida para aqueles que não buscassem pelo imunizante. Em questão de dias, a busca pela vacina quadruplicou.
A medida só entrará em vigor na próxima terça-feira (18), mas os moradores da província já estão garantindo seus passaportes sanitários. Só assim poderão entrar em lojas associadas à Société des alcools du Québec (SAQ) e à Société québécoise du cannabis (SQDC), responsáveis por regulamentar os estabelecimentos que vendem tais mercadorias. A maconha para uso recreativo é legalizada no Canadá desde 2018.
De acordo com Dubé, seu objetivo não é incomodar aqueles que se recusam a receber a vacina, mas sim proteger o sistema de saúde e aqueles que receberam o imunizante. Graças a medida, o número diário de agendamentos para a primeira dose da vacina saltou de 1.500 para 6.000.
Essa não é a única medida tomada pelo Ministério da Saúde para barrar o avanço da variante Ômicron no Quebec. Desde o final de dezembro, os habitantes da província devem respeitar um toque de recolher imposto entre 22h e 5h. Além disso, reuniões privadas estão proibidas sob pena de multa. Escolas, universidades, restaurantes e outros estabelecimentos também seguem fechados.
Mais restrições devem ser impostas em breve: François Legault, governador da província, anunciou planos de implementar a cobrança de uma “taxa sanitária” para aqueles que optarem por não se vacinar. De acordo com a autoridade, essa escolha sobrecarrega o sistema de saúde e prejudica o resto da população.
O valor não deve ficar abaixo dos 100 dólares canadenses (R$ 444). Caso a medida entre em vigor, ficarão isentos da taxa apenas as pessoas que não podem receber o imunizante por razões médicas.