A Meta anunciou nesta terça-feira (22) que não usará o algoritmo do Instagram na Europa sem autorização. A decisão se adequa às diretrizes da Lei de Serviços Digitais da União Europeia (DSA).
Portanto, usuários que residem na Europa poderão ver Stories e Reels apenas das pessoas que seguirem, em ordem cronológica — do mais recente ao mais antigo.
De acordo com Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, além do Instagram, usuários da Europa poderão acessar os recursos Stories, Reels e Pesquisa sem o algoritmo de ranqueamento também no Facebook.
Sobre a “Pesquisa”, Clegg explica que os resultados vão aparecer aos usuários com base apenas nas palavras que eles digitarem, ao contrário dos resultados especificamente personalizados com base nas atividades anteriores e interesses.
Já faz um bom tempo que usuários ao redor do mundo pedem o retorno do feed cronológico no Instagram. A Meta, porém, continua mantendo o uso do algoritmo de personalização em locais que ainda não possuem legislações específicas.
Como a DSA afeta o algoritmo do Instagram?
A DSA exige que grandes plataformas online permitam que os usuários recusem receber recomendações personalizadas.
Em abril, a lei europeia determinou que 19 grandes plataformas (Facebook, Instagram, Twitter, Google, e outros) deveriam oferecer a opção de escolha de um feed sem uso de algoritmo.
Desse modo, usuários poderão usar as plataformas sem a presença rastreadores para personalizar o conteúdo. em vez disso, as plataformas devem organizar e exibir o conteúdo de forma cronológica.
A DSA afirma que sua preocupação em feeds que operam por meio de IA possam debilitar a autonomia e o poder de escolha do usuário. Além disso, esses feeds facilitam a criação de “bolhas ideológicas”, o risco de vício e, sobretudo, manipulação automatizada.
A Meta confirmou o fim dos conteúdos com personalização por algoritmo três dias antes do fim do prazo que a DSA estabeleceu. No entanto, o anúncio não informa quando a Meta irá desativar o algoritmo, mas a multa por não se adequar à lei pode chegar a 6% do lucro anual da empresa.
Na próxima sexta-feira (25), vence o prazo para as plataformas seguirem as normas da lei europeia. No início deste mês, o TikTok desativou o uso de algoritmos de personalização. No caso do Twitter, ou X, o CEO da empresa deve esperar o fim do prazo para se envolver em mais uma polêmica.
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