Ciência

Raças de cães pequenos e de nariz comprido vivem mais, revela estudo

Os famosos "cães salsicha" têm uma expectativa de vida mediana de 14 anos. Já para os bulldogs franceses, o número cai para 9,8 anos
Imagem: Reprodução/Freepik

As raças de cães pequenos que têm um nariz comprido tendem a ter uma vida mais longa, revela um novo estudo realizado pela instituição inglesa Dogs Trust. O artigo sobre o assunto foi publicado na revista Scientific Reports.

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Uma vez considerados tamanho, formato do rosto e sexo, os pesquisadores descobriram que, no geral, cães fêmeas pequenas de focinho longo tendiam a ter as maiores expectativas de vida entre as raças puras, alcançando uma média de 13,3 anos.

No entanto, raças com rostos achatados, como é o caso do Buldogue francês, por exemplo, tiveram uma expectativa de vida média de 11,2 anos.

Também foi registrado um aumento de 40% no risco de vida mais curta do que cães com focinhos de comprimento médio, como os Spaniels.

“Ninguém havia investigado a interação entre os três [sexo, formato do rosto e tamanho do corpo]. Ou explorado o possível vínculo entre história evolutiva e expectativa de vida”, disse ao The Guardian Kirsten McMillan, autora principal da pesquisa.

McMillan e colegas relatam como analisaram dados de 584.734 cães de raças puras e mestiços – dos quais 284.734 haviam morrido.

Considerando todas as raças e mestiços, a equipe descobriu que a expectativa de vida mediana dos cães era de 12,5 anos, com as fêmeas vivendo ligeiramente mais do que os machos.

Mais dados sobre os cães

Para aprofundar a análise, a equipe examinou cães de 155 raças puras, descobrindo que cães maiores tendiam a ter vidas mais curtas do que cães menores. Enquanto o comprimento do focinho de uma raça também importava.

Os dachshunds miniatura, os famosos “cães salsicha”, tinham uma expectativa de vida mediana de 14 anos. O número era de 9,8 anos para os bulldogs franceses.

Entre os motivos apontados para essa diferença está que as raças braquicefálicas, que tem cabeça de formato “achatado” e o focinho de tamanho “encurtado”, são propensas a uma infinidade de problemas de saúde. Incluindo dificuldades respiratórias e problemas de pele.

A equipe também descobriu que a expectativa de vida mediana para raças puras era maior do que para mestiços. Com 12,7 anos e 12 anos, respectivamente. Esse resultado vai contra a ideia de que “vira-latas” podem ser mais saudáveis porque têm maior diversidade genética.

“Estamos identificando grupos que precisam desesperadamente de atenção, para que possamos nos concentrar nessas populações e descobrir qual é o problema”, disse a pesquisadora.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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