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Reforma de pirâmide no Egito causa comoção entre especialistas

Pirâmide de Menkaure fica em Gizé e tem parte de sua cobertura danificada há séculos; governo do Egito agora quer restaurar blocos de granito

Reforma de pirâmide no Egito causa comoção entre especialistas

Nos últimos dias, uma polêmica envolvendo as famosas pirâmides do Egito tomou conta do Facebook a partir de uma publicação de Mostafa Waziry, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, do Ministério do Turismo egípcio. 

No post, ele anexou um vídeo em que é possível ver homens carregando equipamentos para dentro de um buraco na pirâmide de Menkaure. Enquanto isso, o próprio secretário responde a algumas perguntas que o público presente faz.

“Projeto do Século e remontagem dos blocos de granito da Terceira Pirâmide, Missão Egípcio-Japonesa”, publicou Waziry como legenda da mídia.

Nos comentários, pessoas criticaram a reforma, comparando a iniciativa ao processo de endireitar a Torre de Pisa, na Itália, que é inclinada. Alguns internautas ainda debocharam da reforma, sugerindo que os profissionais do governo acrescentassem também papéis de parede na pirâmide.

Para a especialista Monica Hanna, as intervenções vão contra todos os princípios internacionais sobre restaurações.

A história da pirâmide Menkaure

A pirâmide em questão foi construída para o faraó Menkaure, que governou o Egito entre os anos 2490 e 2472 a.C. Ela fica em Gizé, ao lado das famosas construções da Esfinge e de pirâmides maiores, como a Khafre e a Quéops.

Depois que Menkaure faleceu, seu sucessor, Shepseskaf, mandou construir um templo mortuário em sua homenagem, que fica ao lado da pirâmide.

Até então, a cobertura externa da construção tinha 16 blocos de granito. Então, há boatos de que parte da pirâmide foi intencionalmente desmontada por ordem de Malek Abd al-Aziz Othman ben Yusuf, filho de Saladino, em 1196. 

Embora muitas pessoas acreditem nessa teoria, o secretário Waziri afirma que o buraco surgiu após um terremoto que afetou o Egito em algum momento de sua história. 

Agora, apenas sete blocos de granito permanecem na cobertura. Por este motivo, a equipe do governo iniciou o processo de restauração, que deve levar três anos para ser finalizado, de acordo com as autoridades.

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