
Relógio do Juízo Final adianta; humanidade se aproxima da extinção?
Nesta terça-feira (28), cientistas da ONG Bulletin of Atomic Scientists adiantaram o Relógio do Juízo Final, sinalizando simbolicamente que a humanidade está cada vez mais próxima da extinção.
Os cientistas adiantaram o relógio para 89 segundos “para a meia-noite” — o menor tempo registrado da história pela entidade. A atualização do relógio ocorre sempre em janeiro e serve como analogia para uma potencial catástrofe de proporções globais.
Desde 1947, os cientistas atualizam o Relógio do Juízo Final em janeiro de cada ano. Em 1953, por exemplo, o relógio chegou a marca histórica de dois minutos para meia-noite, o que só se repetiu em 2018.
Porém, as atualizações recentes do Relógio do Juízo final mostram que a humanidade se aproxima de sua autoaniquilação cada vez mais. Desde 2023, o relógio estava na marca de 90 segundos (um minuto e meio) para a meia-noite.
Os cientistas adiantam ou atrasam o Relógio do Juízo Final com base em três métricas: risco nuclear, mudanças climáticas e tecnologias disruptivas.

Imagem: YouTube/Reprodução
89 segundos para a meia-noite
Em um comunicado à imprensa, os cientistas explicam porque adiantaram o Relógio do Juízo Final nesta terça-feira (28). O comunicado cita “ameaças de armas nucleares, crise climática, ameaças biológicas e tecnologias disruptivas como a inteligência artificial”.
“Adiantamos o relógio para 89 segundos para meia-noite porque não observamos progresso suficiente para lidar com os desafios globais que enfrentamos”, afirmou Daniel Holz, presidente do Conselho de Segurança e Ciência da organização.
Adiantar o relógio neste ano significa que a humanidade já está seguindo um caminho rumo à extinção, conforme os cientistas. Além disso, o anúncio de hoje responsabiliza diretamente os EUA, a Rússia e a China.
“Continuar neste caminho é uma forma de loucura. Os EUA, a China e Rússia têm a responsabilidade de tirar o mundo da beira do abismo. E isso depende de ação imediata”, diz o comunicado.