Como Renato Russo, da Legião Urbana, voltou em forma de “holograma” para cantar mais uma vez

Ontem à noite, 45 mil pessoas se reuniram no recém-inaugurado estádio Mané Garrincha para ouvir os sucessos da Legião Urbana – e para ver o líder da banda voltar à vida. Renato Russo apareceu no fim do show, em um espectro de luzes, para cantar “Há Tempos”. Quando terminou a música, se desfez em purpurina, […]

Ontem à noite, 45 mil pessoas se reuniram no recém-inaugurado estádio Mané Garrincha para ouvir os sucessos da Legião Urbana – e para ver o líder da banda voltar à vida.

Renato Russo apareceu no fim do show, em um espectro de luzes, para cantar “Há Tempos”. Quando terminou a música, se desfez em purpurina, assim como o rapper Tupac há um ano.

Mas como é que se recria um dos músicos mais conhecidos do país? Usando computação gráfica e uma antiga técnica de projeção.

O “holograma” ficou a cargo da V-Squared Labs, mesma empresa que fez a projeção de Tupac Shakur no Coachella do ano passado. Nesse caso, o cantor foi recriado em computação gráfica por uma empresa especializada, após estudar sua performance original nos palcos. E o resultado, assim como no show de ontem, ficou muito bom.

A parte mais importante, no entanto, é levar o cantor para o palco. Para isso, utiliza-se uma técnica do século XIX chamada “Pepper’s ghost” (em homenagem ao seu criador, John Henry Pepper).

Funciona assim: no palco, há um enorme vidro transparente para o público, inclinado em 45º para a frente. A imagem do cantor é projetada no chão, em uma superfície reflexiva, e então é refletida nesse vidro gigantesco. O infográfico abaixo, do International Business Times, esclarece como isso funciona:

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Ou seja, não se trata de um holograma: é uma imagem 2D projetada em um vidro. A técnica só havia sido usada no show do Tupac; esta foi a segunda vez. Ela será usada novamente ainda este ano, durante a turnê de Cazuza em “holograma” (que foi adiada para novembro).

O show “Renato Russo Sinfônico” foi idealizado por Giuliano Manfredini, filho do cantor, e aconteceu 25 anos depois da última apresentação da Legião Urbana em Brasília. Na época, em 1988, formou-se uma grande confusão depois que a banda resolveu deixar o palco após 50 minutos de música. Um fã invadiu o palco e o público, além de xingar a banda, jogou bombinhas e outros objetos. Depois disso, Renato Russo sempre dizia que nunca mais voltaria a cantar em Brasília – mas nunca falou nada sobre hologramas…

Cantores de diferentes gêneros participaram do show: Zélia Duncan, Sandra de Sá, Ivete Sangalo, Lobão, entre outros – incluindo o ex-baixista do grupo, Renato Rocha. Os ex-integrantes Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá não participaram; eles fizeram um show de homenagem no ano passado, com o ator Wagner Moura nos vocais.

O show foi marcado por falhas de som e algumas interrupções. A transmissão ao vivo, pelo canal Multishow, também sofreu problemas técnicos, mas conseguiu exibir o “holograma” – a parte mais esperada do show – sem maiores contratempos. [G1 e UOL]

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