Uma chuva de detritos caiu sobre o céu do Texas na última semana. O episódio foi resultado da reentrada do foguete chinês Long March 2D na atmosfera, lançado em junho de 2022.
Os foguetes possuem duas partes chamadas de estágios. O primeiro estágio ajuda a impulsionar o veículo, enquanto o segundo é responsável por levar os objetos até o espaço. No caso do veículo chinês, ele carregava três satélites de vigilância militar para serem colocados em órbita.
O primeiro estágio caiu na Terra dentro de uma zona calculada. O outro, que pesava quatro toneladas, voltou de maneira não programada a 27 mil km/h. A China projetou essa segunda parte para retornar rápido ao planeta, evitando o perigo para outros satélites em órbita.
No entanto, a equipe não planejou o local em que ele cairia. O veículo acabou saindo de órbita e baixando naturalmente na atmosfera, causando o incidente.
Até o momento, as autoridades não encontraram destroços no solo. Avistar os pedaços do foguete chinês não é tarefa fácil, pois eles podem ter atingido uma área com centenas de quilômetros quadrados na zona rural do Texas.
De toda forma, o ocorrido reforça os perigos da entrada descontrolada de objetos espaciais no planeta. O Comando Espacial americano declarou que, caso as práticas internacionais sobre o tema não sejam alteradas, haverá o risco de baixas e danos à propriedade causados pela queda de detritos.
Entretanto, três dias após o evento nos EUA, outro veículo reentrou na atmosfera sobre o Nepal. A China havia lançado esse foguete em julho de 2022. A nação asiática também causou preocupações em novembro do ano passado, quando um estágio de 23 toneladas de seu foguete Long March 5B fez um pouso descontrolado no Pacífico.