A possibilidade de existir vida em outros planetas é o que tem movido o trabalho de cientistas há décadas. Hoje, existe tecnologia avançada o suficiente para fazer essa busca com maiores chances de acerto – e esse é um dos grandes objetivos da NASA.
Desde meados de 2020, o rover Perseverance tem caminhado pela cratera Jezero, em Marte, em busca de bioassinaturas. Essas seriam substâncias ou estruturas que apontem para a possibilidade de vida passada no planeta, como hidrogênio e oxigênio.
Agora, ele pode ter encontrado. Novas amostras de solo foram retiradas de uma rocha apelidada como “Wildcat Ridge”, que se formou há bilhões de anos, quando lama e areia fina se estabeleceram em um lago de água salgada em processo de evaporação.
O instrumento utilizado para analisar a área foi o Sherloc (sigla para Scanning Habitable Environments with Raman & Luminescence for Organics & Chemicals). De acordo com o maquinário, as amostras apresentam moléculas orgânicas correlacionadas a aquelas vistas em minerais de sulfato.
Isso é especial porque os minerais de sulfato encontrados em camadas de rochas sedimentares podem fornecer informações importantes sobre os ambientes aquosos em que se formaram. Em resumo, eles podem dar aos cientistas indícios de um ambiente que um dia já foi habitável.
Mas vai demorar um pouco até que todas essas suposições sejam confirmadas por cientistas. As amostras coletadas pelo Perseverance em Marte só devem ser recolhidas e transportadas para a Terra em 2030.