Rumble: quais as regras da plataforma que abriga influencers banidos
Apesar de existir desde 2013, a plataforma Rumble passou a ser mais conhecida pelos brasileiros no ano passado, em meio ao debate em torno da cultura do cancelamento e das eleições presidenciais. O serviço tem sido um reduto de influenciadores banidos de outras plataformas e redes sociais.
Visualmente, o Rumble é muito parecido com o YouTube, com os usuários podendo compartilhar vídeos, seguir canais, assistir lives e participar de chats ao vivo.
A plataforma é conhecida por ser um local neutro para publicação de conteúdos que promovam a diversidade de ideias e liberdade de expressão. Porém, apesar dessa virtual liberdade, a plataforma também conta com uma série de regras – da mesma forma como outros serviços.
Os usuários, por exemplo, não podem postar mensagens caluniosas e difamatórias sobre qualquer pessoa ou entidade. Também há regras para que o conteúdo não promova, apoie ou incentive a violência, práticas ilegais ou que violam os direitos de terceiros.
O mesmo vale para discursos de ódio e ameaças que envolvam o racismo, o antissemitismo ou qualquer outro dano a qualquer grupo e indivíduo em particular.
Apesar do Rumble se autointitular “imune à cultura do cancelamento”, ele ressalta que tem “tolerância zero” para qualquer violação de suas políticas, podendo monitorar e remover qualquer conteúdo e mensagem que violem seus termos de uso.
Isso inclui banir da plataforma (com ou sem prévio aviso) aqueles que descumprirem as suas normas. Essa mesma prática vem sendo usada por outras plataformas em casos de produtores de conteúdo que disponibilizam conteúdos ofensivos na internet.
Por outro lado, segundo apontou o Estadão, o Rumble possui regras mais frouxas e com inconsistências em sua política. Recentemente, a plataforma descumpriu uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que pedia o bloqueio da conta do influenciador Bruno Aiub, mais conhecido como Monark.
Aiub é acusado de proferir discursos antidemocráticos, incluindo a fala de que ele sentia “simpatia” pelos radicais que invadiram e depredaram as sedes do Governo Federal, no último dia 8 de janeiro. O influenciador é um dos que migraram para o Rumble após ter seu canal desmonetizado no YouTube, diante do episódio em que ele defendia a criação de um partido nazista no Brasil.
Atualmente, o Rumble é acessado por mais de 71 milhões de pessoas ao redor do mundo, sendo que 57 milhões são residentes dos EUA e Canadá.
Apesar do foco maior dos seus vídeos seja de política, finanças e opiniões polêmicas, em inglês, também é possível encontrar temas mais gerais, como entretenimento, games ou mesmo vídeos de gatos. Os conteúdos também podem ser monetizados, caso eles sejam aprovados.