Rússia inclui a Meta em sua lista de organizações terroristas
A Rússia colocou a Meta — controladora do Facebook e Instagram — em sua lista de organizações extremistas e terroristas. A informação é da agência estatal russa Interfax. Com a inclusão, todos os serviços da companhia param de funcionar no país.
Em março, o regulador de tecnologia do país bloqueou o acesso ao Facebook depois que a rede restringiu as agências de notícias russas Sputnik e Russia Today.
À época, o Gabinete do Procurador-Geral da Rússia solicitou que a Meta recebesse a classificação de “organização extremista”. A rotulação via lei faz com que todas as atividades da empresa fiquem proibidas no país.
A decisão do governo russo foi uma resposta a e-mails vazados de diretores do Facebook. Os documentos, acessados pela agência Reuters, permitiam posts que incitavam a violência aos invasores russos durante a guerra na Ucrânia.
Além da Meta, a Rússia também classificou o movimento anti-guerra russo Vesna como organização terrorista. A mobilização reúne jovens a favor da democracia e contra o domínio político do presidente russo Vladimir Putin.
Desde fevereiro, quando as forças russas invadiram a Ucrânia, Moscou determinou a derrubada de redes sociais, como o Twitter, e sites da imprensa estrangeira, como BBC e Deutsche Welle.
Em setembro, o Google decretou falência no país depois que o Kremlin interditou as movimentações financeiras da empresa. Isso impossibilitou o pagamento de salários de funcionários e de prestadoras de serviço na filial russa.
A decisão integra uma cruzada a agentes sediados nos EUA e União Europeia — aliados da Ucrânia — no embate contra a anexação dos territórios ao leste do país.